Agência France-Presse
postado em 28/02/2018 21:18
Os Estados Unidos advertiram autoridades de segurança e Justiça e vários países sobre o risco representado pelo grupo extremista Estado Islâmico, crescentemente descentralizado e que se expande para novas regiões.
Em conferência de dois dias, encerrada nesta quarta-feira (28/2), em Washington, o Departamento de Estado identificou sete grupos que têm vínculos com o EI como ameaças terroristas, destacando o alcance da rede.
O reduto do grupo no chamado "califado" do leste da Síria e do norte do Iraque foi destruído nas operações comandadas pelos Estados Unidos, mas os extremistas estão se adaptando.
Em vista da dificuldade crescente em encontrar objetivos militares abertos, a próxima etapa na luta contra os extremistas se baseará principalmente no processamento civil e na submissão à lei dos militantes suspeitos.
"Acho que o que estamos vendo é o EI em crescente descentralização", disse o coordenador de contra-terrorismo do departamento de Estado, Nathan Sales, na reunião.
"O EI evolui e se adapta", afirmou, explicando a decisão de incluir na lista negra os grupos regionais jihadistas de acordo com seus nomes.
"Há grupos em todos os cantos do mundo motivados pela mesma ideologia sangrenta e mortal do EI, usando as mesmas técnicas e tomando como alvo homens, mulheres e crianças inocentes".
Sales identificou o Boko Haram na Nigéria, o grupo Maute nas Filipinas (além do EI-Filipinas), o EI-Somália, o EI-Bangladesh no subcontinente indiano, o EI-Egito e p EI-Sinai no Egito e o grupo tunisiano Jund al-Khilafa.
Washington urgiu também aliados relutantes como França e Grã-Bretanha a assumir a custódia de seus cidadãos que tiverem integrado o EI e foram capturados no Iraque ou na Síria a submetê-los à justiça em seus respectivos territórios.