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Ex-chefe da campanha de Trump será julgado em setembro

O início do julgamento de Paul Manfort acontecerá em plena campanha para as eleições legislativas de meio de mandato, nas quais os republicanos tentarão manter a maioria em ambas as Câmaras do Congresso

Agência France-Presse
postado em 28/02/2018 21:28
O início do julgamento de Paul Manfort acontecerá em plena campanha para as eleições legislativas de meio de mandato, nas quais os republicanos tentarão manter a maioria em ambas as Câmaras do Congresso
O ex-chefe da campanha do presidente Donald Trump, Paul Manfort, será julgado a partir de 17 de setembro por acusações no âmbito da investigação sobre a interferência russa nas eleições dos Estados Unidos, anunciou uma fonte judicial nesta quarta-feira (28).

A decisão da juíza do tribunal de Washington foi revelada depois que Manafort se declarou inocente de várias acusações, entre elas lavagem de dinheiro, atividades de lobby não declaradas para um agente estrangeiro e falso testemunho.

O início do julgamento de Manafort acontecerá em plena campanha para as eleições legislativas de meio de mandato, nas quais os republicanos tentarão manter a maioria em ambas as Câmaras do Congresso.

A nova alegação de Manafort nesta quarta era necessária depois que os procuradores acrescentaram novas acusações contra ele.

A acusação inicial, feita em 30 de outubro, foi revisada depois que o ex-sócio de Manafort, Richard Gates, se declarou culpado, prometendo cooperar com a investigação comandada pelo procurador especial Robert Mueller para determinar se houve interferência russa para favorecer Trump nas eleições de 2016.

Manafort, de 68 anos, é acusado de lavar cerca de 75 milhões de dólares por seu trabalho e de Gates para o presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovych, apoiado pela Rússia, entre 2006 e 2014.

Também é acusado de ser lobista para o governo de Yanukovych sem se registrar no Departamento de Justiça, e outras alegações relacionadas.

Consultor político e internacional há muito tempo, Manafort se tornou chefe de campanha de Trump em junho de 2016 e colocou Gates como seu adjunto.

Manafort renunciou dois meses depois pela investigação sobre suas relações com a Ucrânia, mas Gates se manteve na campanha e trabalhou para Trump durante o período de transição após a vitória em novembro de 2016.

Na sexta-feira, Gates se declarou culpado de conspiração e de mentir aos investigadores, comprometendo-se a colaborar com Mueller.

Mueller, que também busca ver se Trump tentou obstruir sua investigação, obteve até agora declarações de culpa e a promessa de cooperar de três assistentes de Trump: Gates, o ex-assessor da campanha eleitoral George Papadopoulos, e o ex-assessor de Segurança Nacional Michael Flynn.

Manafort também enfrenta várias acusações por fraude bancária e evasão fiscal apresentadas na sexta-feira pela equipe de Mueller em um tribunal da Virgínia. As acusações paralelas contra Gates foram retiradas.

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