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Parlamento catalão denuncia viés autoritário de Madri e defende Puigdemont

Os separatistas mais radicais tentaram incluir uma ratificação da proclamação da república, mas esse trecho acabou sendo eliminado para evitar um novo choque judicial com Madri



Barcelona, Espanha -
Dominado pelos separatistas, o Parlamento regional catalão aprovou nesta quinta-feira (1;/3) uma resolução denunciando a "tendência autoritária" do governo espanhol e defendendo a "legitimidade" do ex-presidente Carles Puigdemont, procurado pela Justiça de Madri e instalado na Bélgica.

O ex-jornalista é o candidato dos partidos separatistas vencedores das eleições de 21 de dezembro, mas sua posse foi proibida pelo Tribunal Constitucional e está sujeita a uma eventual autorização do juiz que o investiga por "sedição e rebelião".

[SAIBAMAIS]Esse quadro levou o presidente do Parlamento catalão a adiar a sessão de posse prevista para 30 de janeiro e, desde então, os partidos separatistas negociam uma fórmula para sair do bloqueio político nessa região de 7,5 milhões de habitantes.

Na resolução, a primeira aprovada nessa legislatura, os separatistas denunciam "a tendência autoritária e antidemocrática do Estado espanhol" em relação à intervenção da autonomia e à detenção de alguns de seus líderes, após a frustrada declaração de independência de 27 de outubro.

Além disso, afirmam que Puigdemont é "o legítimo candidato do Parlamento à Presidência da Generalitat nessa legislatura" e exigem do governo espanhol e do Tribunal Constitucional que "cessem as ingerências" para impedir sua posse.

Os separatistas mais radicais tentaram incluir uma ratificação da proclamação da república, mas esse trecho acabou sendo eliminado para evitar um novo choque judicial com Madri.