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Cristina Kirchner irá a julgamento por corrupção

A data do julgamento de Kirchner ainda não foi definida. De acordo com a lei argentina, Kirchner - hoje senadora - pode ser julgada e condenada, mas a imunidade parlamentar a protege da prisão

Agência France-Presse
postado em 02/03/2018 21:24
A data do julgamento de Kirchner ainda não foi definida. De acordo com a lei argentina, Kirchner - hoje senadora - pode ser julgada e condenada, mas a imunidade parlamentar a protege da prisão
Um juiz argentino disse nesta sexta-feira (2/3) que a ex-presidente Cristina Kirchner deve ir a julgamento devido à suposta corrupção relacionada à concessão de contratos públicos na Patagônia, seu reduto político.

O juiz federal Julian Ercolini também determinou os julgamentos do ex-ministro de Planejamento Federal, Investimento Público e Serviços Julio de Vido e do magnata Lazaro Baez - figuras próximas a Cristina Kirchner e seu marido, o falecido ex-presidente Nestor Kirchner.

Nestor e Cristina Kirchner presidiram a Argentina entre 2003 e 2015.

Cristina Kirchner, De Vido e Baez são suspeitos de "associação ilícita", "irregularidades na concessão de contratos públicos na província de Santa Cruz" e de terem se beneficiado de contratos outorgados à empresa de construção Austral, de Baez, no valor de US$ 2,4 bilhões, de acordo com o Centro de Informação Judicial (CIJ).

A data do julgamento de Kirchner ainda não foi definida. De acordo com a lei argentina, Kirchner - hoje senadora - pode ser julgada e condenada, mas a imunidade parlamentar a protege da prisão. Baez e De Vido, entretanto, foram postos em prisão preventiva.

Alegando inocência, Kirchner expressou há alguns meses seu desejo de comparecer perante um juiz para fornecer "esclarecimentos definitivos e públicos".

Atual senadora pelo partido Unidade Cidadã (peronista de centro-esquerda), Cristina Kirchner tem outros julgamentos a enfrentar, um deles pelo sistema cambial supostamente irregular do Banco Central durante seu governo e outro por suposto acobertamento a iranianos acusados de autoria do atentado contra o centro judaico-argentino AMIA, em 1994.

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