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Suposto jihadista é interrogado após ataques em Uagadugu

Os ataques deixaram sete mortos entre as forças de segurança segundo último balanço e oito agressores morreram

Agência France-Presse
postado em 04/03/2018 14:59
Ouagadougou, Burkina Faso - A investigação sobre o duplo ataque em Uagadugu avançava neste domingo (4/3), com um suposto jihadista - que teria desempenhado um papel importante no ataque - interrogado pela Justiça de Burkina Faso. Autoridades suspeitam que houve cúmplices no Exército.

O homem, cuja nacionalidade não foi revelada, foi detido na sexta-feira (2/3) horas depois dos ataques coordenados contra o Estado-maior das Forças Armadas de Burkina Faso, lugar de muita movimentação, e a embaixada da França em Uagadugu, afirmou uma fonte governamental à AFP.

Os ataques deixaram sete mortos entre as forças de segurança segundo último balanço e oito agressores morreram. O Grupo de Apoio ao Islã e aos Muçulmanos (GSIM) reivindicou os ataques, afirmando haver atuado em represália a uma operação francesa no Mali que aconteceu há duas semanas.

[SAIBAMAIS]Os agressores "tinham conhecimento dos costumes e práticas habituais do Estado-maior, o que explica a facilidade com que o acessaram", segundo indicou outra fonte do governo. Os investigadores se perguntam se o ataque contra a embaixada francesa não foi uma mera "diversão" antes do realizado contra o Estado-maior.

Um promotor e quatro investigadores franceses devem chegar neste domingo (4) a Uagadugu. Após os ataques, o presidente francês, Emmanuel Macron, reafirmou "a determinação e o compromisso total da França junto aos integrantes do G5 Sahel na luta contra os movimentos terroristas".

O presidente do Níger e líder da força regional anti-jihadista G5 Sahel - composta por cinco países -, Mahamudu Issufu, assegurou por sua parte que os ataques "apenas conseguiram reforçar a determinação do G5-Sahel e seus aliados na luta contra o terrorismo".

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