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Mulher é nomeada chefe da Polícia do Canadá pela primeira vez

Outra mulher exerceu como chefe interina desta força de segurança, entre dezembro de 2006 e junho de 2007, mas Lucki é a primeira a ser nomeada ao cargo de modo permanente

Agência France-Presse
postado em 09/03/2018 18:12
Brenda Lucki foi nomeada delegada da Real Polícia Montada do Canadá

Ottawa, Canadá -
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, nomeou nesta sexta-feira (9/3) uma mulher como chefe da Polícia Federal, feito que ocorre pela primeira vez na história da instituição. Brenda Lucki, até agora a cargo da formação de novos recrutas, foi nomeada delegada da Real Polícia Montada do Canadá, em substituição a Bob Paulson.

Outra mulher exerceu como chefe interina desta força de segurança, entre dezembro de 2006 e junho de 2007, mas Lucki é a primeira a ser nomeada ao cargo de modo permanente. "Quando for assumir seu posto em abril, será a 24; delegada da história da Real Polícia Montada do Canadá e a primeira mulher a servir como comissária em um papel permanente", disse o primeiro-ministro.

Lucki, além de suas funções, "também terá um papel maior na reconciliação dos povos autóctones e na promoção da igualdade de gênero", destacou o primeiro-ministro durante uma cerimônia em Regina (Saskatchewan, oeste).

"Acredito que, juntos, alcançaremos nosso objetivo à frente e avançaremos na modernização da nossa organização", declarou Lucki. Desde de que se uniu à Real Polícia Montada aos 20 anos, em 1986, Lucki ocupou cargos em diferentes locais do Canadá, assim na ex-Iugoslávia com a ONU e na formação de policiais desta organização no Haiti.

A nomeação é feita em um momento em que a Polícia Federal conta com uma baixa representação das mulheres - segundo cifras da instituição, 22% de seus oficiais - e no início de 2017 enfrentou denúncias por casos de assédio sexual e descriminação às mulheres.

Após uma sentença da Justiça, cerca de 25 mil mulheres que trabalharam na Polícia Federal desde 1974, quando este corpo começou a contratar mulheres, foram beneficiárias de indenizações que podiam chegar a até 170 mil dólares em função do preconceito sofrido.

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