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Ministro britânico chama fundador do site WikiLeaks de verme miserável

O comentário de Duncan foi uma reação aos tuítes de Julian Assange, nos quais ele criticava a expulsão coordenada de diplomatas russos pelos países ocidentais

Agência France-Presse
postado em 27/03/2018 11:34
Julian Assange está refugiado na embaixada do Equador, em Londres, há cinco anosLondres, Reino Unido - O secretário de Estado para Assuntos Exteriores britânico, Alan Duncan, chamou, nesta terça-feira (27/3), de "verme miserável" o fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, refugiado há quase seis anos na embaixada do Equador em Londres.

"É muito lamentável que Julian Assange fique na embaixada do Equador", declarou Duncan na Câmara dos Comuns.

"É hora desse verme miserável sair da embaixada e se entregar à justiça britânica", acrescentou.

O comentário de Duncan foi uma reação aos tuítes postados na segunda-feira pelo fundador do WikiLeaks nos quais ele criticava a expulsão coordenada de diplomatas russos pelos países ocidentais apenas "12 horas depois de um dos piores incêndios da história pós-soviética", em um shopping na Sibéria ocidental que deixou pelo menos 64 mortos.

Assange, de 46 anos, se refugiou em junho de 2012 na embaixada do Equador para escapar de uma extradição para a Suécia. Este país tinha uma ordem de prisão contra Assange desde 2010 por acusações de violação e agressão sexual, mas arquivou o caso em maio de 2017. Um tribunal londrino negou em fevereiro o pedido de suspensão do efeito da ordem de prisão contra Assange, alegando que o australiano não respeitou as condições de sua liberdade condicional.

Assange teme ser extraditado e julgado nos Estados Unidos pela publicação pelo WikiLeaks em 2010 de milhares de documentos secretos militares e diplomáticos americanos.

O governo equatoriano anunciou no final de fevereiro que o projeto de mediação proposto ao Reino Unido está "em ponto morto".

Quito concedeu em dezembro a nacionalidade equatoriana a Assange, mas Londres se negou a dar o salvo-conduto diplomático que o permitiria deixar a embaixada sem ser preso.

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