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Síria aceita acordo para evacuação de Duma, último reduto rebelde em Ghuta

A reconquista total de Ghuta, nas proximidades da capital Damasco, seria uma grande vitória para o presidente Bashar al-Assad na guerra síria iniciada em 2011

Agência France-Presse
postado em 01/04/2018 11:34
ônibus parados em estrada
Beirute, Líbano - Um "acordo final" mediado pela Rússia foi alcançado para a saída dos rebeldes sírios do grupo Yaish Al Islam, que controla a cidade de Duma, o último reduto insurgente de Ghuta Oriental, anunciou neste domingo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).

O jornal sírio pró-regime Al Watan, que citou "fontes diplomáticas", também informou sobre um acordo para que os rebeldes abandonem a artilharia pesada antes de sair da cidade de Duma. Eles devem seguir para a região norte do país.

O grupo rebelde Yaish Al Islam não reagiu até o momento ao anúncio.

A reconquista total de Ghuta, nas proximidades da capital Damasco, seria uma grande vitória para o presidente Bashar al-Assad na guerra síria iniciada em 2011.

[SAIBAMAIS]De acordo com o OSDH, o acordo final entre Yaish Al Islam e Rússia prevê que os rebeldes e suas famílias, assim como os civis que desejarem, sejam transportados para territórios insurgentes na província de Aleppo. "A polícia militar russa entrará na cidade", explicou o OSDH, organização que tem uma ampla rede de fontes na Síria.

O acordo é parecido com outros, também mediados pela Rússia, estabelecidos com dois grupos rebeldes que já abandonaram os territórios que controlavam em Ghuta, após uma ofensiva do regime de Assad.

A operação de retirada já começou em Duma, sobretudo com a saída de civis doentes ou feridos, mas também de famílias de combatentes rebeldes da facção Faylaq Al Rahman, minoritária no território controlado pelo Yaish Al Islam

As pessoas que abandonam a cidade seguem para a província de Idlib, noroeste do país. A imprensa estatal síria anunciou a "saída de um certo número de terroristas do Faylaq Al Rahman da cidade de Duma". O regime classifica os rebeldes como "terroristas".

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