Agência France-Presse
postado em 10/04/2018 15:44
A Indonésia capturou na sexta-feira (10/4), após uma perseguição em alto mar, um suposto "barco de escravos" procurado pela Interpol, no qual os marinheiros teriam trabalhado durante meses sem receber salários.
A organização internacional de polícia emitiu um alerta depois que a embarcação escapou na China e em Moçambique. As autoridades suspeitam que a tripulação do "STS-50", um barco sem bandeira e com antecedentes penais, era obrigada a trabalhar de graça.
A embarcação foi capturada a mais de 100 quilômetros das costas da ilha Weh, na província indonésia de Aceh, e transportava 20 indonésios, dois ucranianos e oito russos, incluindo o capitão. A tripulação foi detida e está sendo interrogada.
Os marinheiros indonésios explicaram que não recebiam pagamento. Os passaportes e documentos foram confiscados quando entraram no barco, há um ano. "Estes indonésios navegaram durante 10 meses sem receber, por isso suspeitávamos de escravidão", afirmou Achmad Taufiqoerrochman, comandante da Marinha.
O barco, de 258 metros de comprimento, exibia uma bandeira de Togo quando foi capturado, mas antes há havia exibido os pavilhões de vários países como Japão, Coreia do Sul oi Moçambique.
A bordo transportava quase 600 redes de emalhar, proibidas em alguns países.