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Irã promete responder à morte de sete iranianos em bombardeio na Síria

O Irã é, junto com a Rússia, um dos principais aliados do regime de Damasco, e desempenhou um papel importante nas recentes vitórias das tropas do governo contra os rebelde

Agência France-Presse
postado em 10/04/2018 16:22
Foto mostra prédios destruídos na cidade de Homs, na Síria, em 19 de setembro de 2016

Teerã, Irã
- O Irã prometeu nesta terça-feira (10/4) uma resposta à morte de sete de seus cidadãos em um bombardeio na Síria, atribuído a Israel. Vários meios de comunicação iranianos revisaram em alta uma avaliação anterior de quatro vítimas fatais no ataque de segunda-feira à base aérea T-4, na província síria de Homs.

"O ataque do regime sionista na Síria não ficará sem resposta", disse Ali Akbar Velayati, assessor do guia supremo iraniano, o aiatolá Ali Khamenei, citado pela agência de notícias iraniana ISNA, em sua chegada a Damasco para se encontrar com o presidente sírio Bashar al-Assad.

O Irã é, junto com a Rússia, um dos principais aliados do regime de Damasco, e desempenhou um papel importante nas recentes vitórias das tropas do governo contra os rebeldes. Teerã enviou à Síria milhares de combatentes "voluntários" procedentes do Irã e também do Afeganistão ou Paquistão, formados por "assessores militares" iranianos no país em guerra.

O ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, atacou por sua vez o presidente americano Donald Trump, depois de a Casa Branca apontar a "responsabilidade" do Irã e da Rússia em um suposto ataque químico contra um reduto rebelde sírio.

O Irã "nunca deixou de condenar o uso de armas químicas [e já foi ele mesmo] vítima de seu uso por Saddam [Hussein] com o apoio dos Estados Unidos", tuitou Zarifu, lembrando os ataques químicos sofridos por seu país na guerra contra o exército do falecido ditador iraquiano entre 1980 e 1988.

"As ameaças de [Trump] de repetir agressões impulsivas são reveladoras da política americana que ajuda os extremistas", acrescentou Zarif. Na segunda-feira, o presidente dos Estados Unidos prometeu uma resposta "forte" contra o regime de Damasco e seus aliados após o suposto ataque químico à cidade de Duma, perto de Damasco.

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