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No Twitter, Trump agradece a Xi e promete 'grandes progressos' no comércio

Em um discurso solene pronunciado horas antes, Xi Jinping havia se comprometido a reduzir "consideravelmente" este ano as tarifas chinesas sobre as importações de automóveis e "outros produtos"

Agência France-Presse
postado em 10/04/2018 17:02
Em um discurso solene pronunciado horas antes, Xi Jinping havia se comprometido a reduzir

Washington, Estados Unidos -
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, agradeceu nesta terça-feira (10/4), em um tuíte, ao seu contraparte chinês, Xi Jinping, por "suas amáveis palavras", após um discurso no qual Xi pareceu responder ponto a ponto os ataques do bilionário sobre o tema do comércio.

"Muito obrigado pelas amáveis palavras do presidente Xi sobre as tarifas alfandegárias e as barreiras automobilísticas... Também por seu esclarecimento sobre propriedade intelectual e transferência de tecnologia", escreveu Trump, que prometeu "grandes progressos juntos".

Não obstante, nesta terça-feira, a Casa Branca suavizou os elogios do presidente, esclarecendo que são necessárias medidas concretas antes que Washington considere eliminar as tarifas contra Pequim.

"As palavras nos animam, mas queremos ver passos concretos e ações concretas", disse a secretária de imprensa Sarah Sanders pouco após o tuíte de Trump. "Queremos ver algo além da retórica", acrescentou, deixando claro que, até que isso aconteça, as tarifas alfandegárias seguirão vigentes.

Em um discurso solene pronunciado horas antes, Xi Jinping havia se comprometido a reduzir "consideravelmente" este ano as tarifas chinesas sobre as importações de automóveis e "outros produtos".

"A China não está tentando conseguir um excedente comercial", assegurou Xi, em um momento em que o imenso déficit dos Estados Unidos em relação à China, que somou 375 bilhões de dólares em 2017, é um dos principais motivos de queixa de Trump.

Esse tom conciliador e a promessa de uma "nova fase" de abertura da economia chinesa surgem depois de críticas de Trump sobre a política comercial "protecionista" de Pequim. O presidente americano havia ameaçado impor tarifas alfandegárias de 150 bilhões de dólares, ao que a China respondeu com eventuais impostos de três bilhões de dólares.

Nesta mesma terça-feira, a China denunciou os Estados Unidos ante a Organização Mundial do Comércio (OMC) pela decisão da administração Trump de impor tarifas alfandegárias ao aço e ao alumínio chineses.

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