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Ataque com explosivos mata oito policiais na Colômbia

Os agentes foram atingidos pela detonação de um artefato no município de San Pedro de Urabá, no departamento (estado) de Antioquia

Agência France-Presse
postado em 11/04/2018 17:39
Bogotá, Colômbia - Pelo menos oito policiais morreram nesta quarta-feira (11/4) em um ataque com explosivos no noroeste da Colômbia, onde opera a maior quadrilha de narcotráfico do país, informaram as autoridades.

Os agentes foram atingidos pela detonação de um artefato no município de San Pedro de Urabá, no departamento (estado) de Antioquia. As vítimas estavam escoltando funcionários encarregados de restituir terras a camponeses despojados em meio ao conflito armado que persiste na Colômbia, em boa parte financiado pelo narcotráfico.

"O balanço parcial é de oito policiais mortos e um veículo (...) afetado", informou o alto comando. No entanto, uma fonte policial informou à AFP que a ação não deixou feridos, nem mortos, e tampouco reportou civis afetados.

O ministro da Defesa, Luis Carlos Villegas, acusou o Clã do Golfo como possível responsável pelo atentado. "Hoje é a hipótese mais provável", disse o funcionário. Da região onde ocorreu o ataque, o Clã do Golfo envia toneladas de drogas para os Estados Unidos em aliança com os cartéis mexicanos.

As Forças Armadas mantêm uma caçada intensa a esta quadrilha, formada com remanescentes de grupos paramilitares anti-guerrilheiros, que surgiram após a desmobilização de milhares de combatentes durante o governo de Álvaro Uribe (2002-2010).

Ao repudiar o ataque desta quarta-feira, o presidente Juan Manuel Santos prometeu uma dura resposta. "Vamos com absoluta contundência atrás dos responsáveis por esses atos", reagiu o presidente pelo Twitter.

Depois de contar com um exército de 4 mil homens, o Clã do Golfo passou a ter 1.800 homens, após ações lançadas por organismos oficiais, inclusive com a morte de vários de seus líderes.

A operação mais recente contra os chefões ocorreu no fim de março, quando morreu Aristides Mesa, aliás "El Indio", terceiro no comando do Clã do Golfo e cuja extradição era pedida pelos Estados Unidos, segundo o governo.

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