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Candidato a presidência da Catalunha ficará preso e não poderá tomar posse

Jordi Sánchez está sendo processado por discursar para milhares de independentistas que mantiveram um grupo de guardas civis encurralados por horas durante uma manifestação

Agência France-Presse
postado em 12/04/2018 12:40
Cartaz com desenho de candidato presoMadri, Espanha - A justiça espanhola negou nesta quinta-feira (12/4) a libertação do independentista Jordi Sanchez, candidato à presidência regional da Catalunha em sessão plenária de posse prevista para sexta-feira.

O juiz de instrução da Suprema Corte, Pablo Llarena, anunciou esta decisão depois que o presidente do parlamento catalão, o também separatista Roger Torrent, solicitou em vão a libertação de Sánchez para participar da sessão plenária.

O juiz também desautorizou uma posse à distância.

Sánchez está sendo processado por discursar A dezenas de milhares de independentistas que, durante uma manifestação em Barcelona em 20 de setembro, mantiveram um grupo de guardas civis encurralados por horas enquanto revistavam um prédio do executivo catalão por ordem judicial.

Junto a Jordi Sánchez, ex-presidente da influente associação separatista Assembleia Nacional Catalã (ANC), estão em prisão preventiva oito outros proeminentes separatistas catalães, por seu papel na tentativa fracassada de independência no ano passado.

Neste domingo, uma marcha está sendo convocada em Barcelona para pedir a libertação daqueles que os separatistas chamam de "presos políticos".

O evento conta com o apoio dos dois maiores sindicatos do país, Comisiones Obreras (CCOO) e UGT.

A Catalunha está sob a tutela do governo central e sem executivo regional desde 27 de outubro, quando o gabinete do então presidente Carles Puigdemont foi afastado após a declaração unilateral de independência feita no Parlamento catalão.

Os independentistas renovaram a maioria de assentos no Parlamento nas eleições regionais de 21 de dezembro, mas não conseguiram investir um presidente. Se um novo presidente não tomar posse até 22 de maio, novas eleições regionais serão convocadas.

O primeiro candidato foi Puigdemont, que, acusado de rebelião, foi para exterior, primeiro na Bélgica e agora na Alemanha. A Espanha pede sua extradição.

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