Agência France-Presse
postado em 14/04/2018 00:06
A imprensa estatal síria denunciou neste sábado (14/4) a operação militar conjunta de Estados Unidos, França e Reino Unido contra o governo de Damasco afirmando que são "ilegais e estão destinados ao fracasso".
"A agressão é uma violação flagrante do direito internacional, uma infração à vontade da comunidade internacional e está destinada a fracassar", declarou a agência estatal SANA.
A Rússia, aliada do regime em Damasco, advertiu nesta sexta-feira (13/4) para as "consequências" dos bombardeios coordenados contra a Síria, em represália a um suposto ataque com armas químicas por parte do regime de Bashar Al Assad.
"Advertimos que estas ações não ficarão sem consequências. Toda a responsabilidade cai sobre Washington, Londres e Paris", declarou o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov. "Nossos avisos não foram ouvidos", escreveu
"Insultar o Presidente da Rússia é inaceitável e inadmissível", afirmou ainda Antonov. "Os Estados Unidos - o detentor do maior arsenal de armas químicas do mundo - não tem direito moral para culpar outros países."
O ministério russo das Relações Exteriores declarou que o ataque conjunto de Estados Unidos, França e Reino Unido contra a Síria ocorre no momento em que o país dispunha de "uma oportunidade de ter um futuro pacífico".
A porta-voz do ministério das Relações Exteriores Maria Zajarova escreveu no Facebook: "Os que estão por trás de tudo isto afirmam ter a liderança moral no mundo e declaram ser excepcionais, e realmente têm que ser muito excepcionais para bombardear a capital da Síria no momento em que havia a oportunidade de se ter um futuro pacífico".
Segundo o chefe do Comando Conjunto dos EUA, general Joe Dunford, os ataques se concentraram m alvos selecionados para evitar atingir as forças da Rússia. Foram "especificamente identificados os alvos para reduzir o risco de envolver as forças russas" na Síria, revelou Dunford durante entrevista no Pentágono.
Já a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, afirmou que a Rússia também era responsável pelo ocorrido porque "fracassou em impedir que ocorresse um ataque com armas químicas".
Com informações da Agência Estado.