O ministro das Relações Exteriores da França ameaçou novos ataques com mísseis contra a Síria se o governo sírio usar armas químicas novamente. A França juntou-se aos Estados Unidos e à Grã-Bretanha em uma operação conjunta realizada na última noite e que, segundo Jean-Yves Le Drian, resultou na destruição de "boa parte" do arsenal de armas químicas do governo sírio.
O ministro disse que a França "não tem dúvidas" de que o governo sírio estava por trás de supostos ataques químicos realizados no fim de semana passado. A Síria nega a responsabilidade.
Le Drian disse à emissora de televisão BFM que o objetivo da missão aliada "foi alcançado", mas se a "linha vermelha for cruzada novamente", pode haver outro ataque.
O outro lado
Já a Rússia e o Irã, os dois principais aliados de Bashar Al Assad, alertaram na manhã deste sábado sobre os ataques aéreos liderados à Síria pelos EUA, que "terão consequências", numa resposta interpretada na Organização das Nações Unidas (ONU) como um sinal claro de que Moscou e Teerã não abandonarão Damasco.
"Essas ações não ficarão sem consequências", disse Anatoly Antonov, embaixador da Rússia nos EUA. "Nossos alertas não foram ouvidos e, uma vez mais, estamos sendo ameaçados", apontou.
"Toda a responsabilidade recai sobre Washington, Londres e Paris", escreveu nas redes sociais. "Insultar o presidente da Rússia é inaceitável e inadmissível", disse. "Os EUA, maiores detentores de arsenal de armas químicas do mundo, não têm moral para acusar outro país", completou.