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Presidente sul-coreano defende a busca por um tratado de paz entre Coreias

"O armistício que se arrasta há 65 anos deve chegar ao fim", disse Moon Jae-in

Agência France-Presse
postado em 19/04/2018 09:14
Líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, e o chefe de Estado da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, durante encontro em PyongyangSeul, Coreia do Sul - O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, defendeu nesta quinta-feira (19/4) que a busca de um tratado de paz para acabar oficialmente com a Guerra da Coreia, a poucos dias de um encontro de cúpula com o dirigente norte-coreano Kim Jong Un.

"O armistício que se arrasta há 65 anos deve chegar ao fim", disse o presidente a representantes de empresas dos meios de comunicação.

"É necessário buscar a assinatura de um tratado de paz após a declaração do fim da guerra".

O conflito bélico (1950-53) terminou com um armistício, ao invés de um tratado, o que significa que as duas partes continuam, tecnicamente, em guerra. A zona desmilitarizada, que divide a península e onde acontecerá a reunião de cúpula em 27 de abril, está repleta de minas.

Moon condiciona um eventual tratado de paz ao abandono por parte do Norte de seus programas militares e balísticos.

"Se a reunião de cúpula intercoreana e o encontro de cúpula entre Coreia do Norte e Estados Unidos resultarem na desnuclearização, acredito que não será muito difícil estabelecer acordos práticos no sentido amplio sobre um regime de paz, a normalização das relações entre o Norte e os Estados Unidos ou uma ajuda internacional para melhorar a economia norte-coreana", declarou.

O presidente americano Donald Trump advertiu que cancelará a reunião prevista com o dirigente norte-coreano se considerar que não será frutífera. Washington deseja a desnuclearização total da Coreia do Norte.

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