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Adolescente britânico é condenado por hackear conta de ex-diretor da CIA

Nesta sexta-feira (20/4), sua mãe o acompanhou no Tribunal Criminal de Old Bailey, onde sua sentença foi pronunciada

Agência France-Presse
postado em 20/04/2018 19:57
Interior da sede da CIA em Langley, Virginia

Um adolescente britânico que conseguiu hackear as contas de autoridades americanas, incluindo do ex-diretor da CIA John Brennan, foi sentenciado em Londres a dois anos de detenção em um centro para menores infratores.Durante seu julgamento em janeiro, Kane Gamble, de 18 anos, se declarou culpado de uma dezena de infrações à legislação de segurança informática, cometidas entre junho de 2015 e fevereiro de 2016.

Nesta sexta-feira (20/4), sua mãe o acompanhou no Tribunal Criminal de Old Bailey, onde sua sentença foi pronunciada. Gamble conseguiu, de seu quarto em Coalville, no centro da Inglaterra, obter informações ligando para centrais telefônicas para depois usá-las para hackear contas. Assim, fez-se passar por John Brennan junto as operadoras de telefonia Verizon e AOL.

Ele então conseguiu obter vários documentos confidenciais da caixa de entrada de e-mails do ex-diretor da CIA que continham informações sobre operações militares e de inteligência no Irã e no Afeganistão. Kane Gamble também trocou a senha de acesso e, em seguida, assumiu o controle do iPad da esposa de John Brennan, com quem falou ao telefone quando ligou para a operadora AOL.

O jovem também atacou as contas do ex-chefe de Segurança Interna Jeh Johnson, a quem ele telefonou em várias ocasiões, inclusive fazendo a mensagem "Você pertence a mim" aparecer na tela da televisão da família. Entre suas vítimas também há assessores do ex-presidente americano Barack Obama, um agente do FBI e a rede do departamento de Justiça, incluindo o documento sobre a explosão da plataforma petrolífera Deepwater Horizon no Golfo do México. Finalmente, ele foi preso em fevereiro de 2017 a pedido do FBI.

Segundo a acusação, suas ações buscavam apoiar os palestinos e foram motivadas pela "morte de civis inocentes". Seu advogado, William Harbage, argumentou a "ingenuidade" do adolescente, que nunca quis "machucar" ninguém.

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