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Sindicalistas protestam a favor de Lula no consulado do Brasil, no México

Cerca de 50 pessoas fizeram a manifestação, que durou duas horas, pedindo a liberdade do petista, preso desde o dia 7 de abril, em Curitiba

Correio Braziliense
Correio Braziliense
postado em 26/04/2018 21:51
Sindicalistas em frente ao consulado brasileiro na Cidade do México
Cerca de 50 pessoas se reuniram, na tarde desta quinta-feira (26/4), em frente à embaixada do Brasil na Cidade do México, para protestar a favor do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba desde 7 de abril. O grupo era formado por sindicalistas mexicanos, que, empunhando bandeiras vermelhas, gritavam, em espanhol, "Lula livre" e "Fora Temer".

O ato, que teve a duração de duas horas, foi convocado na intenção de cobrar que o judiciário brasileiro conceda habeas corpus a Lula e critica as reformas propostas pelo governo Temer, a quem chamam de golpista.

Segundo a embaixadora Wanja Campos da Nóbrea, Cônsul-Geral do Brasil no México, não houve confronto com a polícia, tampouco depredação de bens materiais do prédio, que fica na região de Paseo de Las Palmas, uma das localidades mais centrais da Cidade do México.
No Brasil, vários protestos foram registrados, em diversas regiões do país, nos dias seguintes à prisão do petista. O MST chegou a bloquear rodovias no Mato Grosso, Bahia, Pernambuco, Pará, Paraná, Sergipe e Espírito Santo. De acordo com o coordenador do movimento Alexandre Conceição, à época, a ideia era bloquear 50 BRs em 24 Estados, em protesto contra a decretação da prisão.
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A prisão

Lula teve a ordem de prisão decretara pelo juiz Sérgio Moro, do Tribunal Regional da 4; Região (TRF4), após os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) negaram o pedido de habeas corpus preventivo ao ex-presidente, por 6 votos a 5. Em um julgamento que teve quase 12 horas de duração, em 4 de abril, a ministra Rosa Weber empatou o placar em 5 a 5, surpreendendo as expectativas de aliados do petista, que tinham esperança de que ela fosse a favor do presidente. O desempate ficou a cargo da presidente da corte, a ministra Cármen Lúcia, que fez a sua explanação e votou contra o HC de Lula.

Lula foi condenado a 12 anos e um mês de prisão na ação penal do tríplex do Guarujá (SP), na operação Lava-Jato.

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