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A Catalunha, da destituição de Puigdemont à eleição do separatista Torra

Veja quais foram os acontecimentos-chave da crise nesta região

Agência France-Presse
postado em 14/05/2018 17:07
Torra, um separatista da ala dura, foi empossado como novo presidente da Catalunha por 66 votos a favor e 65 contra
Barcelona, Espanha - Desde a destituição de Carles Puigdemont, em outubro, à eleição como presidente da Catalunha, nesta segunda-feira (14/5), do separatista Quim Torra, veja quais foram os acontecimentos-chave da crise nesta região:

Independência e destituição

Em 27 de outubro de 2017, o Parlamento catalão proclama unilateralmente a secessão da região da Espanha, votada por 70 de 135 deputados.

A resposta do Estado espanhol chega rapidamente: intervenção da autonomia da Catalunha, destituição do governo de Carles Puigdemont, dissolução do Parlamento e convocação de eleições regionais para 21 de dezembro.

Puigdemont na Bélgica

Em 30 de outubro de 2017, Puigdemont se asila em Bruxelas com quatro membros de seu governo destituído.

Em 2 de novembro, seu ex-vice-presidente Oriol Junqueras e outros sete ministros regionais são presos por rebelião.

Vitória dos separatistas

Em 21 de dezembro, os catalães votam em massa e dão uma apertada maioria aos separatistas no Parlamento regional após eleições atípicas, com candidatos eleitos detidos por seu papel na tentativa de secessão e outros, como Puigdemont, no exílio.

Puigdemont candidato

A Catalunha permanecerá sob a tutela de Madri se Puigdemont tentar governar de Bruxelas, avisa o chefe de Governo espanhol, Mariano Rajoy.

Em 17 de janeiro, o separatista Roger Torrent é eleito presidente do Parlamento catalão e inicia as consultas para propor um candidato à presidência regional.

Em 22 de janeiro, Puigdemont é apresentado oficialmente para o cargo.

Mas em 27 do mesmo mês, o Tribunal Constitucional proíbe a posse a distância bloqueando-a.

Renúncia e prisão na Alemanha

Em 1; de março, Puigdemont renuncia "provisoriamente" a ser presidente da Catalunha.

Em 9 de março, encalha a posse de um novo candidato quando a Justiça nega permissão a Jordi Sánchez, em prisão provisória desde outubro, de ir à Câmara regional.

Em 22 de março, um terceiro candidato, o ex-porta-voz do governo catalão Jordi Turull, não consegue ser empossado em um primeiro debate e, no dia seguinte, um juiz do Tribunal Supremo o prende, impedindo-o de comparecer a uma segunda votação.

Junto com Turull, outros 24 dirigentes separatistas são acusados por seu papel na tentativa secessionista na Catalunha, 13 deles pelo crime de rebelião, punido com até 30 anos de prisão. O juiz emite ordens internacionais de captura contra seis independentistas no exterior.

Em 25 de março, Puigdemont é preso pela Polícia alemã após cruzar a fronteira de carro da Dinamarca.
Veja quais foram os acontecimentos-chave da crise nesta região

Novo candidato

Em 6 de abril, Puigdemont é colocado em liberdade sob fiança pela Justiça alemã, que descarta a acusação de rebelião. Ainda deve ser analisada a permissão de extradição para a Espanha por desvio de recursos.

Em 7 de abril, o presidente do Parlamento catalão volta a indicar Jordi Sánchez como candidato e pede a sua libertação amparando-se em uma resolução do Comitê de Direitos Humanos da ONU, mas o Supremo volta a negar a permissão.

Em 9 de maio, uma última tentativa de empossar Puigdemont a distância fracassa.

Em 11 de maio, Puigdemont renuncia a sua candidatura e indica o deputado Quim Torra em seu lugar.

Em 14 de maio, Torra, um separatista da ala dura, é empossado como novo presidente da Catalunha por 66 votos a favor e 65 contra.

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