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Itália é o segundo país com mais idosos no mundo, aponta pesquisa

A taxa de fertilidade, que define o número de filhos por mulher em idade fértil, continua sendo uma das mais baixas do mundo

Agência France-Presse
postado em 16/05/2018 15:52
mão de idosos
Roma, Itália - A Itália é o segundo país del mundo com maior número de idosos, depois do Japão - apontam dados divulgados nesta quarta-feira (16/5) pelo Instituto Nacional de Estatísticas (Istat) em seu informe (anual) sobre 2017.

A partir de 2015, a Itália entrou em uma fase de "declive demográfico", após perder 100 mil habitantes nos últimos dois anos, afirmou o Istat. Em 1; de janeiro de 2018, a Itália contava com 60,5 milhões de habitantes, dos quais 8,4% eram estrangeiros.

A taxa de fertilidade, que define o número de filhos por mulher em idade fértil, continua sendo uma das mais baixas do mundo, em 1,34. Além disso, a Itália também é um país da terceira idade, já que conta com 168,7 idosos a cada 100 jovens, segundo as estatísticas oficiais.

Em 20 anos, a proporção será de 265 contra 100, calcula a entidade, já que a expectativa de vida é uma das mais altas do mundo: 80,6 anos para os homens, e 84,9, para as mulheres. O desequilíbrio entre o norte próspero e o sul pobre continua sendo muito forte, reconhece a instituição.

Em Bolzano (norte), chega-se com um bom estado de saúde até os 70 anos, enquanto que, na Calábria, esse número cai para 52 anos, acrescenta o Istat. A chegada dos imigrantes estrangeiros se reduziu com 337.000 novos registros em 2017, contra os 527.000 de há dez anos.

Em cinco anos, a Itália registrou a entrada de 700.000 imigrantes pela costa. No total, foram concedidos 227.000 vistos de permanência, em 2017, muito menos do que em 2010, quando expediu cerca de 600.000.

Um dos fenômenos mais preocupantes é a nova tendência dos italianos a emigrarem para o exterior: em dez anos, triplicou o número de italianos, jovens em sua maioria, que se mudou para outro país para trabalhar.

Aumentou também o percentual de pessoas na pobreza absoluta: 8,3%, o percentual mais alto em comparação aos 7,9% de 2016, o que afeta 1,8 milhão de famílias, ou seja, 5 milhões de pessoas, completou a Istat.

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