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Avião cai em Havana e mata 110 pessoas; há três sobreviventes

Boeing 737 pertence à companhia aérea Cubana de Aviación. Bombeiros trabalham no local. Três pessoas foram resgatadas com vida e estão internadas em estado crítico

Rodrigo Craveiro
postado em 18/05/2018 14:29
Avião caiu em uma área rural da capital cubana, próximo ao aeroporto

Um Boeing 737 pertencente à companhia aérea Cubana de Aviación caiu pouco depois de decolar do Aeroporto Internacional José Martí, em Havana. As primeiras informações são de que a aeronave levava 104 passageiros e nove tripulantes. Três pessoas foram resgatadas com vida e estão hospitalizadas em estado crítico, segundo emissora de tevê estatal.

O avião teria saído às 12h08 (13h08, em Brasília). Os bombeiros trabalham no local, uma área rural próxima ao Terminal 1, para conter as chamas. O aeroporto continua funcionando para pousos e decolagens.
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O presidente Miguel Díaz-Canel está no local e acompanha o resgate. "Parece que há um grande número de vítimas", afirmou, em entreivista à agência France Presse. Segundo a imprensa local, há estrangeiros na lista de tripulação e de passageiros. Roberto Peña Samper, presidente da Corporação da Aviação Cubana S.A, declarou que a aeronave pertencia a uma empresa mexicana e que a Cubana de Aviación alugou o avião.
Uma fotografia difundida pelo Twitter mostra uma coluna de fumaça negra e espessa visível a partir do saguão do aeroporto. O avião teria partido em direção à cidade de Holguin, no leste da ilha, e caído sobre a autopista Rancho Boyeros, na capital cubana.
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Localizado a 100 metros do local da queda, jornalistas da AFP comprovaram que o avião está destruído e em chamas em um setor perto do aeroporto localizado perto de uma plantação. Uma grossa coluna de fumaça era vista perto do aeroporto.

"O avião [virou] um monte de ferros e outros materiais carbonizados. Caiu sobre um plantio de batata-doce, a 200 metros das primeiras edificações. Caminhões-tanque apagaram o fogo. Cerca de 20 ambulâncias se movem no local", explicou um repórter da AFP.

De acordo com informações prévias da televisão estatal cubana, "a aeronave caiu entre Boyeros e Santiago de Las Vegas (dentro da cidade).

"Já hospitalizados"

José Luis, de 49 anos, mora no entorno do aeroporto, e do supermercado onde trabalha, a 300 metros do local do acidente, é possível ver as aeronaves que decolam do José Martí. "Eu estava vendendo pão e cerveja no mercado. De repente, vejo que (o avião) sai, deu voltas e caiu lá embaixo. Todos nos espantamos", relatou.

Imagens da TV cubana mostravam brigadas de resgate trabalhando no local do acidente e retirando em uma maca o que parecia ser um sobrevivente. Segundo o jornal oficial Grannma, "três passageiros conseguiram sobreviver ao acidente. Se encontram em estado crítico, já hospitalizados", disse.

Com tripulação estrangeira, a aeronave se dirigia de Havana a Holguín (leste)" e decolou da capital cubana às 12h08 locais (13h08 de Brasília). A diretora do Transporte Aéreo, Mercedes Vázquez, detalhou que a empresa que alugou o avião da Cubana denomina-se Damojh - de procedência mexicana -, segundo o portal oficial Cubadebate .

O setor está isolado pela polícia. Policiais uniformizados e à paisana impedem o acesso. O último acidente aéreo na ilha havia ocorrido em 29 de abril de 2017, quando um avião de transporte das Forças Armadas caiu com oito militares a bordo. O AN-26, de fabricação russa, bateu em uma montanha baixa, 90 Km a oeste de Havana.
Boeing 737 pertence à companhia aérea Cubana de Aviación. Bombeiros trabalham no local. Três pessoas foram resgatadas com vida e estão internadas em estado crítico
*Com informações da AFP

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