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Busca ao avião da Malaysia Airlines, que sumiu em 2014, acabará em maio

O ministro dos Transportes da Malásia afirmou que as buscas terminam no dia 29 deste mês. O boeing 777, com destino a Pequim, desapareceu em março de 2014 com 239 pessoas a bordo

Agência France-Presse
postado em 23/05/2018 10:42
Um banner em homenagem às vítimas desaparecidas do voo relembra os quatro anos do acidente, em março de 2018Kuala Lumpur, Malásia - A busca no Oceano Índico ao avião do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido misteriosamente em 2014, terminará no dia 29 de maio - anunciou o ministro dos Transportes da Malásia nesta quarta-feira (23/5).

O Boeing 777 desapareceu em 8 de março de 2014 com 239 pessoas a bordo, pouco depois de decolar de Kuala Lumpur com destino a Pequim.

A primeira operação de busca marítima, a mais importante da história da aviação, coordenada pela Austrália, foi suspensa sem resultados em janeiro de 2017.

Nenhum vestígio do avião foi encontrado em uma área de 120.000 km2 do sul do Oceano Índico, determinada após a análise via satélite da possível trajetória da aeronave depois que se desviou de sua rota teórica.

Pressionado pelas famílias dos desaparecidos, o governo malaio anterior chegou a um acordo com a Ocean Infinity, empresa privada especializada em buscas submarinas.

O acordo previa que a empresa cobraria apenas se encontrasse o avião, ou as caixas-pretas.

A Ocean Infinity se concentrou em outra zona de busca, de 25.000 km2, situada um pouco mais ao norte que a primeira.

Seu navio, o "Seabed Constructor", com bandeira norueguesa, está equipado com oito drones equipados com sonares e câmeras que podem mergulhar a até 6.000 metros de profundidade.

O ministro malaio dos Transportes, Anthony Loke, membro do novo governo que assumiu o poder após as eleições de 9 de maio, disse que a operação deveria ter acabado em abril, mas prosseguiu por mais algumas semanas.

"A busca prosseguirá até 29 de maio", disse Loke à imprensa.

Grace Nathan, uma advogada malaia que perdeu a mãe na tragédia, afirmou que o anúncio não é uma surpresa, mas indicou que o governo deveria deixar sobre a mesa a possibilidade de que outra empresa retome as investigações.

"Não podemos dizer (ao governo) o que tem que fazer, mas, para mim e para as famílias, encontrar o avião é importante por muitas razões", disse.

Quase 20 pedaços de destroços encontrados na costa da África oriental - longe da zona de busca - foram identificados como sendo provável, ou certamente, peças do avião.

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