Agência France-Presse
postado em 02/06/2018 09:41
Singapura, Cingapura - O secretário de Defensa, Jim Mattis, acusou Pequim neste sábado (2/6) de "intimidação e coerção" no Mar da China Meridional, onde a China estabeleceu uma forte presença militar em um território em disputa. "Apesar de a China afirmar o contrário, a instalação destes sistemas de armas está relacionada diretamente ao uso militar com o propósito de intimidação e coerção", disse Mattis durante um fórum sobre segurança realizado em Singapura.
Mattis declarou que Pequim instalou uma ampla gama de equipamento militar sofisticado, incluindo mísseis terra-mar e terra-ar e radares no Mar da China Meridional, onde está construindo ilhotes e reforçando sua presença militar.
"Apesar de a China afirmar o contrário, a instalação destes sistemas de armas está relacionada diretamente ao uso militar com o propósito de intimidação e coerção".
O secretário de Defesa criticou o presidente chinês, Xi Jinping, por ignorar o compromisso adotado com a Casa Branca em 2015 de não militarizar as ilhas em disputa no Mar da China Meridional.
A bordo do avião que o levou à Singapura, Mattis disse que os Estados Unidos seguirão se opondo às exigências territoriais de Pequim na região.
No final de semana passado, Pequim manifestou seu "forte descontentamento" com a presença de navios de guerra americanos na zona da disputada ilha Paracel.
Pequim reivindica quase a totalidade do Mar da China Meridional, ignorando uma arbitragem internacional de 2016 que questionou tais pretensões.
Filipinas, Vietnã, Malásia, Brunei e Taiwan também reclamam regiões do Mar da China Meridional.
No mês passado, o Pentágono retirou o convite para Pequim participar de manobras militares conjuntas no Pacífico por sua "contínua militarização" do Mar da China Meridional.