Agência France-Presse
postado em 04/06/2018 12:02
Donald Trump afirmou nesta segunda-feira (4/6) que tem todo o direito de conceder a si mesmo o perdão presidencial e que não tem nada do que se envergonhar em relação à investigação conduzida sobre o suposto conluio entre sua campanha e Moscou.
"Como foi estabelecido por inúmeros especialistas, tenho o absoluto direito de conceder o PERDÃO a mim mesmo, mas por que faria isso se não fiz nada de mau?", questionou no Twitter. Também afirmou, mais uma vez, que é alvo de uma caça às bruxas na investigação sobre o envolvimento russo nas eleições de 2016.
Aparentemente esta é a primeira vez que que Trump se refere diretamente a esse poder de se perdoar a si mesmo, apesar de seus advogados terem explicado de maneira bem clara as prerrogativas presidenciais, incluindo o direito ao perdão.
Um dos advogados de Trump, Rudy Giuliani, afirmou no domingo que o presidente "provavelmente" teria o poder de perdoar a si mesmo ante qualquer acusação resultante da investigação sobre a interferência russa. Mas garantiu que o presidente não tinha intenção de fazer isso. "Perdoar outras pessoas é uma coisa. Perdoar a si mesmo é outra", assinalou Giuliani.
Em uma carta a Robert Mueller, o procurador especial que investiga o caso russo, os advogados do presidente argumentaram em janeiro que Trump "poderia, se quisesse, acabar com a investigação ou, inclusive, exercer seu poder de perdão se assim o desejasse".