Agência France-Presse
postado em 05/06/2018 12:36
Washington, Estados Unidos - Paul Manafort, ex-chefe de campanha de Donald Trump que enfrenta várias acusações por lavagem de dinheiro e fraude fiscal no âmbito da investigação sobre a ingerência russa na campanha eleitoral presidencial americana, foi acusado de tentar manipular testemunhas.
A acusação foi feita na segunda-feira à noite e, segundo o procurador especial responsável pelo caso, Robert Mueller, Manafort entrou em contato com testemunhas por telefone, ou por mensagens criptografadas para tentar convencê-las a dar "falsos testemunhos".
Essa atividade viola os termos de sua liberdade sob fiança e pode levá-lo à prisão preventiva, mesmo antes de ir a julgamento, declara o procurador no documento enviado para um juiz.
Em fevereiro, Manafort se declarou inocente das acusações de lavagem de dinheiro e de lobby ilegal, sobre as quais deverá começar a ser julgado em 17 de setembro.
E, em março, ele também se declarou inocente de fraude fiscal e bancária, acusações cujo processo judicial se inicia em 10 de julho.
A investigação sobre a ingerência russa na campanha presidencial de 2016 está em seu segundo ano e continua dominando a vida política americana. Até agora, isso se traduziu em 22 indiciamentos, sendo 16 de pessoas, ou empresas russas.