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Congresso peruano nega destituir legislador Kenji Fujimori

Kenji será investigado pela Procuradoria por suposto suborno e tráfico de influências, ao tentar comprar votos para evitar que o presidente Pedro Pablo Kuczynski, que renunciou em março, fosse destituído

Agência France-Presse
postado em 08/06/2018 17:29
O Congresso do Peru negou, nesta quinta-feira (7/6) destituir o popular legislador Kenji Fujimori
O Congresso do Peru negou, nesta quinta-feira (7/6) destituir o popular legislador Kenji Fujimori, a quem, no entanto, mantém suspenso de suas funções, após votar uma acusação impulsionada pelo partido de sua irmã e adversária Keiko.

[SAIBAMAIS]A proposta obteve 43 votos a favor, 20 contra e 10 abstenções, não alcançando os 67 votos necessários para ser aprovada a retirada da imunidade e a sua destituição, segundo o regulamento do Congresso. A votação para destituir outros dois congressistas, aliados de Kenji, tampouco teve os votos necessários para deixá-los fora do Parlamento unicameral.

Mais cedo, o Congresso havia confirmado - em nova votação - a suspensão de Kenji, filho mais novo do ex-presidente Alberto Fujimori, que foi aprovada no dia anterior.

A suspensão foi aprovada por 58 votos a favor, sete contra e 19 abstenções, disse o presidente do legislativo, Luis Galarreta, após a nova votação, realizada depois cancelarem a de quarta-feira, 6/6.

"Foi aprovada a suspensão de seus direitos enquanto durar o processo criminal", acrescentou.

Kenji será investigado pela Procuradoria por suposto suborno e tráfico de influências, ao tentar comprar votos para evitar que o presidente Pedro Pablo Kuczynski, que renunciou em março, fosse destituído.

O problema surgiu porque na sessão de quarta-feira, Galarreta, do partido de Keiko, permitiu que votassem membros de uma comissão que havia recomendado sancionar Kenji, o que transgredia o regulamento do Congresso.

Na nova votação, os membros dessa comissão não votaram.

Kenji, que não participou da sessão desta quinta, 7/6, pois se supunha que estava suspenso, denunciou que a nova votação obedecia a uma manobra de sua irmã, cujo partido controla o Congresso.

"Ontem fui ilegalmente suspenso sem o número de votos exigido pela Constituição. Hoje Keiko quer fazer uma nova votação a sua medida e consolidar o abuso", tuitou o mais novo do clã.

"Não me submeterei!! Iniciarei as ações legais, defenderei os meus direitos", continuou Kenji, que trava uma guerra fratricida com Keiko pelo controle do fujimorismo.

Na sessão de quarta-feira, 6/6, vários legisladores não fujimoristas advertiram que o procedimento de votação infringia o regulamento, mas Galarreta insistiu em seguir em frente com ele.

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