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Trump diz ter evitado catástrofe nuclear ao ser reunir com Kim Jong-un

No Twitter, o presidente americano afirmou que "o mundo evitou uma potencial catástrofe nuclear"

Seul, Coreia do Sul - Em sua volta nesta quarta-feira (13/6) aos Estados Unidos depois de sua histórica cúpula com Kim Jong Un, o presidente Trump afirmou ter evitado uma catástrofe nuclear e, segundo a agência de notícias norte-coreana, aceitou um convite do líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, para visitar Pyongyang.

"O mundo evitou uma potencial catástrofe nuclear", escreveu Trump no Twitter. Não há mais lançamentos de foguetes, testes nucleares ou pesquisas", completou.

O encontro de quarta, o primeiro entre um dirigente norte-coreano e um presidente americano em exercício, teve grande impacto midiático, mas seus resultados concretos, em particular sobre a desnuclearização de Pyongyang, geram muitos questionamentos.

Fazendo frente a essas dúvidas relativas ao acordo assinado pelos dois dirigentes, o secretário de Estado americano Mike Pompeo afirmou que Estados Unidos esperam que a maior parte do desarmamento nuclear norte-coreano tenha terminado até o final da presidência Trump, em 2020.

"Esperamos poder conseguir isso nos próximos dois anos e meio", enfatizou o chefe da diplomacia americana.

"Resta um monte de trabalho pela frente. Deixe-me dizer que completo significa algo verificável para todos os que estão envolvidos", disse ainda.

Durmam bem

Em sua série de tuítes na volta a Washington, Trump celebrou a "experiência interessante e muito positiva" de seu encontro com Kim. "Já não há uma ameaça nuclear por parte da Coreia do Norte", indicou.

"Antes de assumir o cargo, presumíamos que iríamos entrar em guerra com a Coreia do Norte. O presidente (Barack) Obama dizia que a Coreia do Norte era nosso maior e mais perigoso problema. Já não é o caso, durmam bem esta noite", acrescentou.

"É tão bom ver as ;fake news;, especialmente na NBC e CNN. Eles lutam para minimizar o acordo com a Coreia do Norte. Há 500 dias, teriam suplicado por este acordo. O maior inimgo de nosso país são as ;fake news; tão propaladas pelos idiotas".

Satisfação para Kim

Pyongyang também tem motivos para se sentir confiante depois da cúpula, que garantiu certa legibilidade internacional a um país isolado e alvo de duras sanções por causa de seu programa nuclear.

"Kim Jong Un conseguiu o que queria em Singapura: o prestígio internacional", indicou o analista Paul Haenle, diretor do centro Carnegie-Tsinghua.

A agência oficial norte-coreana KCNA afirmou que "Kim Jong Un convidou Trump a visitar Pyongyang no momento oportuno e Trump convidou Kim Jong Un a visitar os Estados Unidos".

A agência indicou ainda que o presidente dos Estados Unidos fizeram referência a uma "suspensão das sanções" contra o regime de Pyongyang.

O jornal oficial norte-coreano Rodong Sinmun publicou na primeira página as fotos do histórico aperto de mãos entre Trump e Kim.

"O encontro do século abre uma nova era na história das relações entre os dois países", afirma a manchete.

"A travessia acidentada para a desnuclearização da península coreana e uma paz permanente apenas começaram", afirma com prudência o jornal sul-coreano Hankook.

A agência KCNA, por sua vez, afirmou que a desnuclearização da península coreana dependerá de que Estados Unidos e Coreia do Norte "se abstenham de opor-se para poder chegar a um entendimento mútuo".

Além do mais, em uma entrevista coletiva posterior a sua reunião com Kim, Trump anunciou que Washington encerrará os exercícios militares com Seul, uma antiga exigência do regime norte-coreano, que sempre considerou estas manobras um treinamento para uma possível invasão de seu território.

O governo dos Estados Unidos mantém 30.000 soldados mobilizados de maneira permanente na Coreia do Sul para proteger seu aliado ante a ameaça do Norte, que a invadiu em 1950 e provocou a guerra da Guerra da Coreia, que terminou em 1953 com um armistício e não um tratado de paz.