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Confusão após lançamento de bomba deixa 17 mortos em clube de Caracas

O incidente aconteceu durante uma festa para celebrar a formatura de jovens do Ensino Médio; maioria das pessoas morreu sufocada, segundo relatórios oficiais

Agência France-Presse
postado em 16/06/2018 17:19
As mortes foram devido a sufocamento e a lesões múltiplas, de acordo com relatórios oficiais

Dezessete pessoas morreram, oito delas menores de idade, após o lançamento de uma bomba de gás lacrimogêneo em um clube no oeste de Caracas, durante uma briga em uma festa, na madrugada deste sábado (16/8) - confirmou o ministro do Interior e da Justiça, Néstor Reverol.

"Uma briga começou na madrugada, e uma das pessoas envolvidas lançou um artefato com gás lacrimogêneo, o que provocou confusão entre as mais de 500 pessoas que estavam no clube", informou Reverol na televisão estatal VTV.

Na confusão, 17 pessoas morreram, e cinco ficaram feridas, indicou a mesma fonte, apontando que sete pessoas foram presas, duas delas menores de idade, pelo incidente.

A pessoa encarregada do estabelecimento também foi presa por descumprir "as medidas que deveriam ter sido adotadas (...) para impedir a entrada de armas de fogo e munição" em locais públicos, acrescentou Reverol.

O incidente aconteceu durante uma festa para celebrar a formatura de jovens do Ensino Médio no clube conhecido como Los Cotorros, em El Paraíso.

A boate, onde de dia funciona o restaurante El Paraíso, um emblemático ponto de encontro para a comunidade de imigrantes do Equador em Caracas, foi fechado pelas autoridades após o episódio.

As mortes foram devido a sufocamento e a lesões múltiplas, de acordo com relatórios oficiais. Os feridos foram levados para o Hospital Pérez Carreño, situado na região onde aconteceu a tragédia. O ministro Reverol disse que um deles se encontra em estado crítico.

Kleiver Barrios, de 17 anos, foi uma das vítimas. "Ele levou minha identidade, escondido. Coisa de garoto, mas... É terrível! Como um garoto, em uma festa, vai ter uma bomba de gás lacrimogêneo?", desabafou Luis, pai do rapaz, em entrevista à AFP no necrotério de Bello Monte, no sul de Caracas.

Daqui a um ano, Kleiver se formaria no colégio. Ele trabalhava com o pai no açougue da família.

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