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Governo etíope confirma um morto e 154 feridos em ataque em comício

O ministro de Saúde do país, Amir Aman, atualizou o número de vítimas pelo Twitter. Segundo as informações divulgadas, dez pessoas se encontram em estado grave

postado em 23/06/2018 15:53
A explosão ocorreu pouco depois do fim do discurso de Abiy na famosa Praça Meskel, na capital do paísA explosão de uma granada durante um grande comício de apoio ao novo primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, deixou um morto e pelo menos 154 feridos. O ministro de Saúde do país, Amir Aman, atualizou o número de vítimas pelo Twitter. Segundo as informações divulgadas, dez pessoas se encontram em estado grave.

A explosão ocorreu pouco depois do fim do discurso de Abiy na famosa Praça Meskel, na capital do país. O primeiro-ministro foi rapidamente retirado do palco por seguranças, como mostram imagens divulgadas pela Agência de Notícias Etíopes (ENA).

Em discurso na emissora estatal depois do incidente, o premiê disse que a ação foi um "ataque bem orquestrado que fracassou".

Depois da explosão, o primeiro-ministro prometeu que ataques desse tipo não impedirão que a coalizão governista, a Frente Democrática Revolucionária Etíope, de aplicar o programa reformista com o qual foi eleita.

"Quero garantir a vocês que não voltaremos atrás na Etiópia. O amor sempre ganha. Matar os outros é uma derrota. Aqueles que tentaram nos dividir não tiveram êxito", disse o primeiro-ministro, prometendo que os responsáveis pelo ataque serão levados à Justiça.

Segundo a emissora OMN, duas mulheres e um homem foram presos pela polícia por relação com a explosão.

A delegação da União Europeia (UE) em Adis Abeba e a Embaixada dos Estados Unidos no país condenaram o ataque.

Abiy Ahmed, que chegou ao poder em abril, é um jovem político reformista que adotou uma série de medidas que buscam entrar em uma época mais democrática e de maior liberdade na Etiópia, um caminho criticado por setores conservadores da coalizão governista.

O primeiro-ministro assumiu após a inesperada renúncia de seu antecessor, Hailemariam Desaleng, que decretou estado de emergência no país em resposta a uma crescente onda de protestos.

O novo premier suspendeu o estado de emergência, libertou vários presos políticos, prometeu dialogar com a oposição e decidiu aplicar o acordo de paz firmado em 2000 com a Eritreia.

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