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Porta-voz de Trump é rejeitada em restaurante de comida mexicana

Um tradicional restaurante da periferia de Washington pediu à porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, que se retirasse do local por sua posição contrária aos imigrantes

Agência France-Presse
postado em 25/06/2018 19:57
Para o presidente, o restaurante The Red Hen precisa
A polêmica sobre imigração envolvendo o governo de Donald Trump já está afetando os funcionários de sua administração, como em um incidente ocorrido no sábado, 23/6, e que provocou nesta segunda-feira, 25/6, a reação do próprio presidente.

[SAIBAMAIS]No sábado, um tradicional restaurante da periferia de Washington pediu à porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, que se retirasse do local por sua posição contrária aos imigrantes.

Segundo testemunhas, Sanders e seu grupo, no qual havia vários familiares, abandonaram imediatamente o "The Red Hen" (A galinha vermelha), um restaurante tradicional fundado por imigrantes mexicanos e que se caracteriza por oferecer pratos com ingredientes procedentes de granjas onde trabalham muitos imigrantes.

De acordo com a proprietária do restaurante, Stephanie Wilkinson, foi explicado a Sanders que os funcionários do restaurante - quase todos imigrantes - estavam incomodados com a sua presença.

Wilkinson disse à porta-voz que ela mesma criticava as medidas "cruéis" adotadas pelo governo Trump, em particular a separação das famílias de imigrantes na fronteira.

Sanders se retirou do restaurante sem gerar problemas, mas Trump recorreu nesta segunda-feira ao Twitter para dizer que o restaurante é sujo.

Para o presidente, o restaurante The Red Hen precisa "de uma pintura" e suas janelas estão "imundas". "Sempre disse que um restaurante que está sujo por fora é sujo por dentro".

Após o incidente, The Red Hen passou a ter longas filas em sua porta, em claro sinal de apoio.

Outros casos

Na semana passada, a secretária de Segurança Nacional, Kirstjen Nielsen, foi identificada quando esperava para comer tacos em um restaurante mexicano e acabou sendo alvo de gritos e vaias. "Vergonha! Vergonha" - gritaram os frequentadores do local, de onde a funcionária se retirou.

Stephen Miller - assessor de Trump e apontado como inspirador da política migratória do governo - foi obrigado a abandonar outro restaurante - também na semana passada - aos gritos de "fascista".

A polêmica ganhou ainda mais força após a legisladora democrata Maxine Waters declarar em uma reunião que era preciso pressionar os funcionários do governo.

A reação de Trump no Twitter foi severa: disse que Waters tem um "Coeficiente Intelectual extraordinariamente baixo" e ameaçou - "cuidado com o que você pede, Max".

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