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OEA aprova resolução de repúdio à separação de famílias imigrantes nos EUA

Ainda não sabe sabe qual será o destino das aproximadamente 2.000 crianças e menores de idade

Agência France-Presse
postado em 29/06/2018 16:05
Donald Trump em pé
Washington, Estados Unidos - O Conselho Permanente da Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou nesta sexta-feira (29/6) uma resolução de enérgica condenação à prática de separação de famílias imigrantes nos Estados Unidos e que pede medidas para reunificá-las "o mais rápido possível".

[SAIBAMAIS]A resolução, adotada por consenso, expressa "energicamente o rechaço a qualquer política migratória que conduza à separação de famílias porque gera uma prática violatória dos direitos humanos".

No documento, o Conselho Permanente também estimulou que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) faça uma visita à região da fronteira para "observar as consequências das políticas migratórias, de refúgio e asilo implementadas pelos Estados Unidos".

Este texto havia sido incluído na agenda do Conselho Permanente por iniciativa do México, e de imediato obteve o apoio dos governos de El Salvador, Honduras e Guatemala.

A resolução é a resposta da OEA ao escândalo provocado pela política americana de "tolerância zero" à imigração ilegal e que desde maio motivou a separação de milhares de crianças, agora retidas em abrigos por todo o país.

Há uma semana, sob forte pressão nacional e internacional, o presidente Donald Trump assinou um decreto que acaba com o processamento criminal automático dos adultos imigrantes em situação ilegal que levava à separação das famílias.

Por isso, o texto da resolução foi modificado apenas para incluir uma menção à necessidade de "implementar as medidas recentemente anunciadas dirigidas a evitar a separação de famílias".

Contudo, ainda não sabe sabe qual será o destino das aproximadamente 2.000 crianças e menores de idade.

Na terça-feira, 26/6, um juiz da Califórnia ordenou ao governo federal que reúna em um prazo de 30 dias todas as famílias separadas na região da fronteira pela aplicação da política de "tolerância zero".

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