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EUA usam testes de DNA para reunir famílias migrantes separadas

Segundo decisão judicial, o governo tem até 10 de julho, para prosseguir com a reunificação de famílias migrantes separadas pela política de "tolerância zero" contra a imigração ilegal


As autoridades americanas começaram a fazer testes de DNA, com o objetivo de reunir as famílias de migrantes separadas na fronteira com o México - disse o secretário da Saúde, Alex Azar, nesta quinta-feira (5/7).

[SAIBAMAIS]O Departamento de Saúde "está trabalhando sem descanso para conectar menores com parentes verificados (...). Também estamos fazendo testes de DNA para confirmar o parentesco de forma rápida e precisa", disse Azar em uma teleconferência.

Segundo decisão judicial, o governo tem até terça-feira, 10 de julho, para prosseguir com a reunificação de famílias migrantes separadas pela política de "tolerância zero" contra a imigração ilegal adotada em maio.

Em meio a uma avalanche de denúncias sobre a confusão predominante sobre a localização de adultos e crianças detidos separadamente, Azar assegurou que as autoridades têm informações concretas.

"O Departamento de Saúde sabe a identidade e a localização de cada menor sob sua custódia" e atua para prosseguir com a reunificação familiar "o mais rápido possível", disse ele.

"É necessário ser muito claro sobre isso, porque sabemos onde cada criança está e sabemos que ela está sendo bem cuidada", garantiu.

No entanto, a realização de testes de DNA se deve à necessidade de garantir que as crianças e menores sejam reunidas com os membros confirmados da família.

Azar, no entanto, evitou oferecer números concretos e insistiu que o número de crianças ainda sob a custódia das autoridades migratórias é "inferior a 3.000".

Ele acrescentou que "cerca de 100 têm menos de cinco anos".

O prazo para o reagrupamento familiar aplica-se a crianças menores de cinco anos, enquanto o restante deverá ser reunido a suas famílias até o dia 26 de julho.

A autoridade confirmou que, em geral, as autoridades americanas têm atualmente sob sua custódia não menos do que "cerca de 11.800" menores. Deles, disse Azar, "aproximadamente 80% são adolescentes, a maioria homens", que entraram no território americano sem companhia adulta.