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Mike Pompeo chega à Coreia do Norte para falar de desnuclearização

O chefe da diplomacia foi recebido pelo chanceler norte-coreano Ri Yong Ho e por Kim Yong Chol, braço direito do líder norte-coreano

Agência France-Presse
postado em 06/07/2018 10:57
O chefe da diplomacia foi recebido pelo chanceler norte-coreano Ri Yong Ho e por Kim Yong Chol, braço direito do líder norte-coreano

Pyongyang, Coreia do Norte - O secretário americano de Estado, Mike Pompeo, teve nesta sexta-feira (6) uma primeira reunião em Pyongyang em busca de precisões sobre a eliminação das armas nucleares na Coreia do Norte, prevista na histórica cúpula entre o presidente Donald Trump e o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

O chefe da diplomacia foi recebido pelo chanceler norte-coreano, Ri Yong-ho, e por Kim Yong-chol, braço direito do líder norte-coreano.

"Quanto mais nos reunirmos, mais profunda será nossa amizade", disse Yong-chol após cerca de três horas de reunião, acrescentando que "quanto mais vezes vier, mais confiança poderemos construir entre nós".

O presidente Donald Trump se reuniu com Kim Jong-un em um encontro histórico em 12 de junho e, desde então, demonstra otimismo sobre as possibilidades de alcançar a paz na península dividida desde a guerra da Coreia (1950-53).

Mas o comunicado assinado pelos dois líderes deixou a desejar no momento de incluir compromissos detalhados, e Pompeo tem a missão de negociar um plano para alcançar a "completa desnuclearização" da península coreana.

"Nossos líderes se comprometeram na reunião de cúpula de Singapura com uma desnuclearização completa da Coreia do Norte", declarou Pompeo em uma escala na base americana de Yokota, Japão.

"O objetivo de minha viagem é obter detalhes sobre este compromisso e continuar a colocar em prática o que os dois líderes definiram", completou.

[SAIBAMAIS]"Espero a mesma coisa da parte da República Popular Democrática da Coreia (RPDC)", disse Pompeo, usando o nome oficial da Coreia do Norte.

Em uma mensagem no Twitter, o secretário de Estado afirmou esperar que, "no futuro, prossigamos nosso trabalho até o fim", ou seja, chegar a uma "desnuclearização completa e verificável da RPDC, tal como concordou o presidente Kim".

Washington espera que a desnuclearização "completa" comece em menos de um ano, mas vários analistas, assim como críticos de Trump, advertem que a promessa de Kim na reunião não significa muito e que o processo pode demorar anos - isso se começar realmente.

Enquanto isso, Pompeo e Trump afirmam que pretendem manter as sanções econômicas internacionais, que eles consideram ter sido o fator primordial para levar a Coreia do Norte à mesa de negociações.

O histórico encontro de junho entre Trump e Kim foi negociado em duas viagens de Pompeo a Pyongyang: a primeira delas, secreta, quando ele ainda era diretor da Agência Central de Inteligência (CIA), e a segunda, quando já era secretário de Estado.

Após as reuniões na sexta-feira e sábado em Pyongyang, Pompeo deve viajar para Tóquio para informar japoneses e sul-coreanos sobre o que foi discutido.

O secretário americano também visitará Vietnã e Abu Dhabi, antes de finalmente se reunir com Trump em Bruxelas para a reunião da Otan na próxima semana.

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