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Empresas japonesas usaram estagiários estrangeiros para limpar Fukushima

A relação desses trabalhos reforça as críticas sobre a exploração de mão de obra estrangeira

Agência France-Presse
postado em 13/07/2018 10:06
A relação desses trabalhos reforça as críticas sobre a exploração de mão de obra estrangeira
Tóquio, Japão - Quatro empresas utilizaram estagiários nas tarefas de limpeza da região de Fukushima depois da catástrofe nuclear de 2011, informou nesta sexta-feira (13/7) o governo japonês.

O ministério da Justiça iniciou uma investigação de 182 construtoras depois da descoberta, em março, do caso de três vietnamitas que participaram nas tarefas de limpeza, explicou à AFP um porta-voz do executivo, confirmando as informações da imprensa.

"Em teoria, eles tinha de trabalhar com máquinas de construção, mas tiveram de fazer tarefas de limpeza, como remover a terra com a mão", afirmou a fonte.

[SAIBAMAIS]As autoridades japonesas não informaram o número exato de trabalhadores estrangeiros que participaram nesse caso.

O ministério da Justiça recordou no início do ano que estas tarefas de limpeza nuclear não podiam ser realizadas por esses imigrantes vietnamitas, que se instalaram no Japão através de um programa promovido em 1993 para dar formação a imigrantes.

A relação desses trabalhos reforça as críticas sobre a exploração de mão de obra estrangeira.

Esta polêmica acontece em um momento em que o governo japonês pretende incrementar a chegada de imigrantes para fazer frente ao envelhecimento de sua população.

Em 2017, havia no Japão 250.000 trabalhadores estrangeiros participando em programas de aprendizagem profissional.

Com o violento tsunami que devastou, em março de 2011, a central de Fukushima, situada no nordeste do Japão, ocorreu o acidente nuclear mais importante do mundo depois do ocorrido na central soviética de Chernobyl em 1996.

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