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Hotel de Las Vegas processa vítimas do massacre de 2017

O grupo diz que procura uma solução rápida para milhares de processos de sobreviventes ou familiares de vítimas, que já recorreram à Justiça pela eventual responsabilidade do Mandalay Bay no massacre

Agência France-Presse
postado em 18/07/2018 06:54
O grupo diz que procura uma solução rápida para milhares de processos de sobreviventes ou familiares de vítimas, que já recorreram à Justiça  pela eventual responsabilidade do Mandalay Bay no massacre
Los Angeles, Estados Unidos - As vítimas do massacre de Las Vegas estão sendo processadas pelo hotel de onde um atirador disparou contra a multidão que assistia a um show de música country no dia 1; de outubro de 2017.

A MGM Resorts, proprietária do hotel Mandalay Bay, abriu os processos em um tribunal de Las Vegas e outro de Los Angeles, na sexta-feira passada.

O grupo, que tem uma dezena de grandes hotéis-cassinos em Las Vegas, disse à AFP nesta terça-feira que procura uma solução "rápida" para milhares de processos de sobreviventes ou familiares de vítimas, que já recorreram à Justiça ao pretendem fazê-lo pela eventual responsabilidade do Mandalay Bay no massacre.

[SAIBAMAIS]Segundo o hotel, os processos não pretendem obter qualquer compensação financeira das cerca de 2.500 pessoas que acionaram o grupo MGM por negligência, apenas que desistam de suas ações.

O grupo se ampara na lei federal de Segurança (;Safety Act;), que isenta de responsabilidade por atos de terrorismo ou tiroteios em massa as instituições que utilizam serviços de segurança certificados pelo departamento de Segurança Nacional".

Na noite de 1; de outubro de 2017, Stephen Paddock, um americano de 54 anos, atirou contra o público que assistia ao show de música country ao ar livre, matando 58 pessoas e ferindo mais de 500.

Paddock disparou diversas armas longas que levou para seu quarto no 32; andar do Mandalay, e se matou antes da chegada da polícia.

O advogado Robert Eglet, que representa algumas vítimas, qualificou as ações da MGM Resorts como "a coisa mais escandalosa que viu em 30 anos de carreira" e esclareceu que a empresa contratada para o festival Route 91 - a CSC - "não proporcionava segurança para o Mandalay Bay" durante ou antes do tiroteio.

O grupo de apoio às vítimas Route 91 Strong disse estar "profundamente triste" com a ação da MGM contra muitas vítimas que permanecem traumatizadas e, inclusive "à beira do suicídio", e outras que "perderam seus empregos e suas casas".

A decisão da MGM provocou uma enxurrada de críticas nas redes sociais.

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