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Casa Branca planeja retirar autorização de segurança de críticos de Trump

A porta-voz da Casa Branca explicou que ex-funcionários 'politizaram e em alguns casos monetizaram suas autorizações'

Agência France-Presse
postado em 23/07/2018 19:33
Brennan, Comey, Clapper e Hayden questionam duramente Trump desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2017.
Washington, Estados Unidos - A Casa Branca informou nesta segunda-feira (23/7) que planeja revogar as autorizações de segurança de antigos altos funcionários americanos críticos ao presidente Donald Trump, como o ex-diretor da CIA John Brennan.

"O presidente está buscando eliminar a autorização de segurança de Brennan", disse a porta-voz da Casa Branca Sarah Sanders em entrevista coletiva. "Também está investigando as autorizações de Comey, Clapper, Hayden, Rice e McCabe".

[SAIBAMAIS]Sanders se referia ao ex-diretor do FBI James Comey, o ex-diretor de Inteligência Nacional James Clapper, o ex-chefe da CIA Michael Hayden, a ex-assessora de Segurança Nacional de Obama Susan Rice e o subdiretor do FBI Andrew McCabe.

Brennan, Comey, Clapper e Hayden questionam duramente Trump desde que assumiu o cargo, em janeiro de 2017.

Após a cúpula da semana passada entre Trump e seu homólogo russo, Vladimir Putin, Brennan descreveu o comportamento do presidente americano de "traiçoeiro para não dizer mais".

Sanders declarou que a Casa Branca avalia cancelar as autorizações de segurança dos ex-funcionários porque "politizaram e em alguns casos monetizaram suas autorizações".

"É extremamente impróprio, e o fato de que pessoas com autorização de segurança façam acusações sem fundamento proporciona uma falsa legitimidade às acusações sem provas".

A autorização de segurança de McCabe "se desativou quando foi demitido, segundo nos disseram por ser uma política do FBI", disse no Twitter Melissa Schwartz, porta-voz do ex-subdiretor da CIA.

Clapper, entrevistado pela CNN, descreveu a decisão de retirar as autorizações como "algo muito, muito mesquinho".

Perguntado sobre se tinha motivação política, respondeu: "não sei como se pode responder isto de outra maneira". "É uma forma mesquinha de resposta, suponho, contra quem falou mal do presidente".

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