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Terremoto deixa 14 mortos e centenas de feridos em ilha da Indonésia

O forte tremor desencadeou cenas de pânico entre moradores e turistas, que fugiram de suas casas ou correram para fora dos hotéis

Agência France-Presse
postado em 29/07/2018 09:01
O forte tremor desencadeou cenas de pânico entre moradores e turistas, que fugiram de suas casas ou correram para fora dos hotéis
Lombok - Ao menos 14 pessoas morreram e centenas ficaram feridas neste domingo (29/7) em um terremoto de magnitude 6,4 na ilha turística de Lombok, no sudeste da Indonésia, informaram autoridades locais.

O forte tremor desencadeou cenas de pânico entre moradores e turistas, que fugiram de suas casas ou correram para fora dos hotéis. Dois espanhóis sofreram ferimentos leves.

O terremoto, com epicentro de pouca profundidade, foi registrado às 06H47 (19H47 de sábado no horário de Brasília). Ele foi seguido por mais de 120 tremores secundários, o mais forte de magnitude 5,7, de acordo com a Agência Indonésia de Geofísica e Meteorologia.

O governo local decretou estado de emergência por três dias.

"Treze pessoas morreram, centenas ficaram feridas e milhares de casas foram danificadas pelo terremoto. Ainda estamos coletando informações", declarou em um comunicado um porta-voz da Agência Indonésia de Gerenciamento de Desastres, Sutopo Purwo Nugroho.

Um balanço anterior da mesma fonte indicava pelo menos 10 mortes e 40 feridos.

Pânico

O Ministério das Relações Exteriores da Malásia informou que uma de suas cidadãs morreu e outros seis ficaram feridos em consequência do tremor.

"Eles estavam todos no sopé do Monte Rinjani quando o terremoto ocorreu", disse, referindo-se a um vulcão de 3.700 metros e que é muito popular entre os entusiastas das caminhadas.

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Os múltiplos abalos secundários contribuíram para alimentar o pânico em algumas localidades, como em Sembalun, no leste da ilha, segundo um jornalista da AFP.

Mais de 200 pessoas cujas casas foram danificadas ou destruídas ergueram tendas. Alguns se recusaram a voltar para seus lares por medo de que os tremores acabassem por desmoronar suas habitações. O telhado de uma clínica local desabou e as paredes racharam.

Alguns habitantes explicaram à AFP que precisam de abrigo e comida.

O epicentro do terremoto foi localizado cerca de 50 quilômetros a nordeste da principal cidade de Lombok, Mataram. Esta ilha é muito popular entre os turistas e fica a cem quilômetros da paradisíaca e famosa Bali.

No rescaldo do terremoto, as autoridades da ilha fecharam preventivamente as populares trilhas do Monte Rinjani devido ao risco de deslizamentos de terra.

Dois turistas espanhóis e um guia local que escalavam o vulcão no momento do terremoto ficaram levemente feridos, indicou à AFP o proprietário de uma pousada na área.

"Pedras caíram sobre eles durante o terremoto", disse Karyadi, que, como muitos indonésios, tem apenas um nome. "Nossos hóspedes estavam em choque".

"O terremoto foi muito forte, todos em casa entraram em pânico, corremos para fora", relatou à AFP Zulfikli, morador do norte de Lombok.

"Todos os meus vizinhos também saíram e a eletricidade foi cortada", acrescentou.

No hotel Katamaran, na praia de Senggigi, cerca de 30 clientes correram para o saguão antes de voltar aos seus quartos meia hora depois.

"Eles se acalmaram e voltaram para seus quartos quando explicamos que o terremoto não havia provocado um tsunami", indicou à AFP o recepcionista do hotel, Nyoman Suwarningsih.

O terremoto também foi sentido nas pequenas ilhas de Gili, perto de Lombok, outro destino turístico.

Nenhum alerta de tsunami foi emitido, segundo o porta-voz da Agência de Geofísica e Meteorologia da Indonésia, Hary Tirto Djatmiko.

O arquipélago da Indonésia, composto por 17.000 ilhas e ilhotas, está localizado na área chamada Anel de Fogo do Pacífico por sua intensa atividade sísmica.

O país registra inúmeros terremotos, a maioria deles inofensivos, mas a região acompanha com atenção qualquer atividade sísmica devido ao risco de tsunami.

Em 2004, um tsunami desencadeado por um terremoto de magnitude 9,3 na costa de Sumatra, no oeste da Indonésia, fez 220.000 mortos em vários países do Oceano Índico, dos quais 168.000 na Indonésia.

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