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EI eleva ritmo de assassinatos na Síria para números de 2016

O observatório lembrou que o aumento do número de assassinatos acontece depois de um forte retrocesso no último ano

postado em 29/07/2018 15:18
O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) assassinou no último mês 176 civis e combatentes na Síria, o número mais alto desde janeiro de 2016, informou neste domingo (29/7) o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).

Em comunicado, o OSDH indicou que entre 29 de junho e 29 de julho (mês 49 do denominado "califado"), o EI cometeu assassinatos em regiões rurais das províncias da Al Sweida (Sul), Homs (Centro), Deir ez Zor (Nordeste) e Idlib (Noroeste).

O observatório lembrou que o aumento do número de assassinatos acontece depois de um forte retrocesso no último ano, o quarto do califado que o EI declarou na Síria e no vizinho Iraque em 2014.

Segundo o OSDH, o grupo radical assassinou 128 cidadãos sírios, a maioria em Al Sweida, província na qual também acabou com a vida de 25 integrantes das forças governamentais, combatentes aliados e de outros grupos da região.

Além disso, o grupo jihadista matou 19 integrantes das facções rebeldes e islâmicas, entre elas a Organização para a Libertação do Levante (antigo braço sírio da Al Qaeda), assim como membros das Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada integrada majoritariamente por curdos.

O EI também executou quatro dos seus integrantes que teriam "fugido do campo de batalha", segundo o OSDH.

Com o número de assassinatos do último mês, o mais alto desde os 188 registrados entre 29 de dezembro de 2015 e 29 de janeiro de 2016, o número total de executados pelo EI nas regiões sob o seu controle desde a proclamação do califado até hoje chega a 5.367.

O grupo terrorista lançou esta semana uma onda de ataques contra civis e tropas governamentais em Al Sweida, na qual morreram mais de 300 pessoas, a maior ação contra civis desde os massacres nas localidades de Barj Butan e Kobani (Norte) em junho de 2015.

O EI controla atualmente cerca de 3% do território sírio, mas em áreas isoladas, após ter perdido dezenas de milhares de quilômetros nos últimos meses diante das ofensivas do exército sírio e das forças curdas.

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