Agência France-Presse
postado em 30/07/2018 21:29
Nova York, Estados Unidos - Oito estados dos Estados Unidos apresentam nesta segunda-feira (30/7) um processo para bloquear uma decisão do governo de Donald Trump que permite fabricar armas de plástico com impressoras 3D, as quais, segundo os críticos, serão quase impossíveis de controlar.
[SAIBAMAIS]Os procuradores-gerais do Partido Democrata de Connecticut, Maryland, Massachusetts, Nova Jersey, Nova York, Pensilvânia, Oregon, Washington e Distrito de Colúmbia se uniram na petição, que será apresentada a um tribunal federal em Seattle.
A ação, que buscará uma ordem de restrição temporária em nível nacional, argumenta que a decisão viola os direitos dos estados a regular as armas de fogo, disseram as autoridades.
"Esta decisão é inconstitucional. É ilegal. Francamente é aterrorizante", disse Bob Ferguson, procurador-geral do estado de Washington.
"Esta medida sem precedentes não apenas é desastrosa para a segurança pública, mas também mina nossas leis estatais destinadas a manter as armas de fogo longe de pessoas perigosas", acrescentou.
Após uma longa batalha legal, o governo chegou a um acordo no mês passado com Cody Wilson, um ativista defensor do direito às armas do Texas.
Wilson argumentou com êxito que a Segunda Emenda da Constituição americana, que garante o direito à posse de armas de fogo, deveria se estender ao direito das pessoas a fabricar armas em casa, sem controle por parte das autoridades, já que não terão número de série.
Isto implica que qualquer pessoa com uma impressora 3D - que custa cerca de 2.000 dólares e pode ser programada para construir objetos de quase qualquer formato - poderá começar a partir da semana que vem a fabricar armas com corpo de plástico em sua casa, por algumas centenas de dólares cada.
Os especialistas em segurança temem que estas armas possam enganar os detectores de metais usados %u200Bem edifícios públicos e aeroportos.
Mas os entusiastas das armas dizem que sem algumas partes metálicas, as armas não serão confiáveis, e poderiam, inclusive, explodir na cara de um usuário.
Os legisladores democratas criticaram o acordo e exigiram uma explicação do governo republicano, que apoiou os direitos dos proprietários de armas.