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Três russos com credenciais de imprensa são mortos na R. Centro-Africana

As autoridades russas declararam que abriram uma investigação criminosa sobre estes assassinatos

Agência France-Presse
postado em 31/07/2018 21:06

Bangui, República Centro-Africana - Três russos com identificações da imprensa foram assassinados na madrugada desta terça-feira (31/7) perto de Sibut, no centro da República Centro-Africana, informaram fontes centro-africanas e autoridades russas.

[SAIBAMAIS]"Segundo informações recebidas da República Centro-africana em 30 de julho, perto da cidade de Sibut - 300 km ao norte da capital, Bangui -, três pessoas que levavam identificações de imprensa emitidas com os nomes de Kirill Radchenko, Alexander Rastorguyev e Orkhan Dzhemal foram mortas", declarou o ministério russo das Relações Exteriores em um comunicado.

"Seus corpos já foram transferidos para Bangui", segundo o texto.

Os três "foram encontrados a 23 quilômetros de Sibut. Foram mortos por homens armados não identificados", disse uma fonte judicial centro-africana à AFP.

Segundo esta fonte, os homens foram assassinados em uma blitz rodoviária.

O crime ocorreu quando "retornavam de Kaga Bandoro (norte) na estrada", declarou uma fonte religiosa em Sibut. O motorista está desaparecido, segundo fontes coincidentes.

"A embaixada da Rússia na República Centro-africana não estava infelizmente informada da presença de jornalistas russos no país", destacou o comunicado do ministério russo, acrescentando que Moscou quer "determinar as circunstâncias exatas da morte de cidadãos russos e organizar o retorno dos seus corpos ao seu país".

As autoridades russas também declararam que abriram uma investigação criminosa sobre estes assassinatos.

A presença russa é cada vez mais evidente na República Centro-Africana. Moscou começou a implantar militares no início deste ano em Bangui, entregando armas ao Exército e garantindo a segurança do presidente Faustin-Archange Touadéra, cujo conselheiro de segurança é russo.

Moscou conseguiu uma exceção da ONU para vender armas ao regime, e também a autorização para treinar dois batalhões militarmente - cerca de 1.300 homens no total - do exército.

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