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Rebeldes sírios formam aliança na província de Idlib

Idlib é controlada pela organização jihadista Hayat Tahrir al Sham, formada pelo antigo braço da Al-Qaeda na Síria

Agência France-Presse
postado em 01/08/2018 19:37
Rebeldes Sírios em Quneitra
Beirute, Líbano - Grupos rebeldes do noroeste da Síria anunciaram nesta quarta-feira (1/8) a formação de uma nova aliança, no momento em que o presidente sírio, Bashar al Assad, adverte que a província de Idlib é seu novo alvo prioritário.

Situada na região da fronteira com a Turquia, Idlib é controlada pela organização jihadista Hayat Tahrir al Sham (HTS), formada pelo antigo braço da Al-Qaeda na Síria.

[SAIBAMAIS]A região abriga vários grupos rebeldes, porque tem recebido os combatentes que abandonam posições em outras zonas do país reconquistadas pelo regime em Damasco.

A chamada "Frente Nacional de Libertação" foi criada para agrupar a Frente Síria de Libertação, a Ahrar al Sham, a Nuredine al Zinki e outros quatro grupos rebeldes, incluindo o poderoso Jaish al Islam, influente na província de Idlib e que no passado se aliou ao Hayat Tahrir al Sham.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira pela Frente Síria de Libertação no Telegram.

"A Turquia continua consolidando sua influência em Idlib, quando os grupos armados de oposição, exceto o HTS, tentam dissuadir o regime", declarou o especialista em Síria Charles Lister no Twitter.

Em entrevista à imprensa russa, Assad informou que a província de Idlib é "de agora em diante seu objetivo, mas não o único". Assad afirmou nesta quarta-feira (1/8) que "a vitória está próxima", em carta aberta aos soldados por ocasião do 73; aniversário da fundação do exército sírio.

Mais de sete anos depois do início do conflito, as forças do regime conseguiram retomar regiões inteiras dos rebeldes e dos jihadistas. Atualmente, as tropas do regime controlam quase dois terços do território, incluindo grande parte das principais cidades, eixos viários e postos de fronteira.

Além de Idlib, as forças pró-regime tentam agora recuperar a totalidade das províncias meridionais de Deraa e Quneitra, controladas em 90% pelo governo.

Mais de 350.000 pessoas morreram desde 2011 no conflito na Síria, que se tornou uma questão mais complexa com o envolvimento de outros países e grupos jihadistas em um território fragmentado.

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