Agência France-Presse
postado em 05/08/2018 15:55
O presidente Donald Trump admitiu, neste domingo (5/8) que seu filho encontrou uma advogada russa na Trump Tower em 2016 "para obter informações sobre um oponente", mas afirmou ter sido "totalmente legal".
Esse foi o reconhecimento mais claro de Trump de que o motivo da reunião em junho de 2016 foi obter os podres de Hillary Clinton, sua concorrente democrata à Presidência.
Trump insistiu, no Twitter, que ele não soube à época do encontro de seu filho Donald Jr. e Natalia Veselnitskaya, advogada ligada ao Kremlin.
"Esse encontro foi para adquirir informações sobre um oponente, totalmente legal e acontece o tempo todo na política - e não deu em nada. Eu não sabia disso".
A reunião passou por um intenso escrutínio do procurador especial Robert Mueller, que está investigando se membros da campanha de Trump se aliaram a esforços da Rússia para interferir nas eleições de 2016 a favor dos republicanos.
O Washington Post relatou neste domingo que Trump tem refletido se seu filho, involuntariamente, colocou-se em risco legal por se reunir com Veselnitskaya. Trump classificou a reportagem de uma "mentira completa".
Donald Jr. inicialmente disse em uma declaração ao The New York Times em julho de 2017 que a reunião era "principalmente" sobre a adoção de crianças russas por americanos. O Post informou que a declaração foi ditada pelo presidente.
O filho do presidente admitiu mais tarde que aceitou a reunião com Veselnitskaya, esperando obter informações que prejudicariam Clinton, mas assegurou que não conseguiu nada.
Os advogados de Trump argumentam que a reunião, por si só, não violou nenhuma lei.