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Pilotos alemães e holandeses da Ryanair aderem à greve europeia nesta sexta

Os pilotos alemães e holandeses da companhia aérea de baixo custo Ryanair vão aderir, na sexta-feira, à greve de pilotos estabelecidos na Irlanda, na Suécia e na Bélgica

Agência France-Presse
postado em 08/08/2018 18:27
A Ryanair anunciou o cancelamento de 250 voos previstos para esta sexta-feira com origem ou destino na Alemanha
Francfort, Alemanha - Os pilotos alemães e holandeses da companhia aérea de baixo custo Ryanair vão aderir, na sexta-feira, à greve de pilotos estabelecidos na Irlanda, na Suécia e na Bélgica, enquanto a empresa anunciou o cancelamento de centenas de voos.

[SAIBAMAIS]A Ryanair anunciou o cancelamento de 250 voos previstos para esta sexta-feira com origem ou destino na Alemanha, que se somam aos 146 voos já cancelados neste dia devido à greve na Suécia, na Bélgica e na Irlanda.

Nesta quarta (8), o principal sindicato holandês, o VNV, de pilotos anunciou a adesão ao movimento. A administração da empresa, que não pôde especificar as consequências desse anúncio, interpôs um procedimento de emergência para impedir que seus pilotos holandeses aderissem à greve europeia. Um tribunal holandês irá julgar o caso.

Na Alemanha, a greve, para a qual estão convocados os 400 pilotos, começará nesta sexta, à 1h01 GMT (00h01 em Brasília), e termina no sábado, à 00h59 GMT (23h59 em Brasília). "Não vemos na Ryanair a vontade de travar verdadeiras negociações salariais", declarou Martin Locher, presidente do sindicato Vereinigung Cockpit, que pede melhores condições contratuais e reajuste salarial.

O início da greve foi aprovado no final de julho em uma votação com 96% dos membros do Cockpit. A categoria também deu um ultimato à Ryanair que venceu na madrugada de terça, sem que se tivesse chegado a um acordo. "A Ryanair descartou um aumento de seus gastos com pessoal. Em paralelo, a Ryanair não deu qualquer indicação sobre as margens de manobra para encontrar uma solução. A Ryanair é, portanto, totalmente responsável por essa escalada", insistiu Martin Locher.

A empresa deve oferecer uma entrevista coletiva às 11h30 GMT (8h30 em Brasília), em Frankfurt, e pode dar uma idea das perturbações previstas para sexta-feira na Alemanha e nos outros países europeus. Cockpit "lamenta as consequências (da greve) para os passageiros, a tripulação e o pessoal de terra", indicou o sindicato em seu comunicado.

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