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Jornais apontam britânico de origem sudanesa como autor do atentado

A Polícia antiterrorista, encarregada da investigação, recusou-se a confirmar se as informações procedem

Agência France-Presse
postado em 15/08/2018 09:06
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Londres, Reino Unido - Um dia depois do atentado com carro em Londres, que deixou três feridos perto do Parlamento, a imprensa britânica identificou, nesta quarta-feira (15/8), o suspeito detido: o britânico de origem sudanesa, Salih Khater. A Polícia antiterrorista, encarregada da investigação, recusou-se a confirmar o nome do indivíduo de 29 anos, detido por ser "suspeito de atos terroristas". Nesta quarta, prosseguiam as operações de busca iniciadas ontem em Birmingham e Nottingham (centro da Inglaterra).

[SAIBAMAIS] Os investigadores descobriram que o veículo usado no ataque chegou a Londres, procedente de Birmingham, na segunda à noite. De acordo com o "Telegraph", o suspeito vive no bairro de Hall Green, em Birmingham, onde é gerente de uma loja. De origem sudanesa, estudou na Universidade de Ciência e Tecnologia de Cartum, segundo sua página no Facebook, e teria chegado ao país há cinco anos.
O jornal garante que Salih Khater era conhecido pela Polícia de Birmingham. Na terça, o chefe da Divisão de Antiterrorismo, Neil Basu, declarou que "não era conhecido" pela Polícia londrina, nem pelos serviços de Inteligência interna (MI5). O "Times" apontou, por sua vez, que a Polícia tenta estabelecer se existe um vínculo entre Salih Khater e Khalil Masood, autor de um atentado similar em março de 2017 perto do Parlamento de Londres. Neste episódio, cinco pessoas morreram, e dezenas ficaram feridas.

Khalil Masood vivia em Sparbrook, outro bairro de Birmingham, a dez minutos apenas da casa de Salih Khater. Na terça, o suspeito atropelou, com um Ford Fiesta, ciclistas e pedestres na frente do Parlamento, em Londres, e investiu o automóvel contra a barreira de segurança do prédio. O ataque deixou três feridos e está sendo investigado pela Polícia como um "ato terrorista".
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Ameaça terrorista ;grave;

A primeira-ministra britânica, Theresa May, que está de férias na Suíça, desejou uma "pronta recuperação" dos feridos e agradeceu aos serviços de emergência por sua "formidável coragem". "A ameaça terrorista no Reino Unido continua sendo grave", acrescentou, pedindo à população que "permaneça vigilante".

Em declaração à rede BBC nesta quarta, a chefe da Scotland Yard, Cressida Dick, mencionou a possível transformação dos arredores do Parlamento em uma área exclusiva para pedestres, para reforçar a segurança nessa região várias vezes alvo de ataque.

Em 2017, o Reino Unido foi abalado por uma onda de atentados. Quatro deles foram reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI), deixando um total de 36 mortos e 200 feridos. Um desses ataques aconteceu em março, na Ponte de Westminster, que leva ao Parlamento.

O autor do atentado, que deixou cinco mortos, atropelou várias pessoas que caminhavam na calçada da ponte e terminou lançando o veículo contra as grades do Parlamento.

Na sequência, Khalid Masood deixou o carro e apunhalou um policial até a morte, antes de ser abatido. Desde então, foi instalada uma barreira de segurança feita de concreto e aço ao redor das grades do Parlamento e nas calçadas que levam à ponte.

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