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Funcionários do Google protestam contra projeto para a China

Quase 1.400 signatários pedem mais transparência para compreender as implicações éticas do projeto, segundo carta que circula no sistema de comunicação interna da empresa

Agência France-Presse
postado em 17/08/2018 07:32
Esta foto de arquivo tirada em 4 de novembro de 2016 mostra um ciclista passando por um sinal e logotipo do Google no Googleplex em Menlo Park, Califórnia.
Washington, Estados Unidos - Vários funcionários do Google assinaram uma carta de protesto contra o desenvolvimento de uma versão de sua ferramenta de busca adaptada para as exigências da censura na China, informa o jornal New York Times.

Quase 1.400 signatários pedem mais transparência para compreender as implicações éticas do projeto, afirma a carta que circula no sistema de comunicação interna, informaram ao jornal três fontes que tiveram acesso ao texto."Atualmente não temos informações suficientes para tomar decisões claras o aspecto ético relativo a nosso trabalho, nossos projetos e nosso emprego", afirma um trecho da carta citada pelo NYT.

Diante da censura e dos ciberataques, a empresa com sede na Califórnia retirou sua ferramenta de busca da China em 2010 e vários de seus serviços continuam bloqueados no país asiático, segunda maior economia mundial.

Mas o Google está testando uma ferramenta de busca em conformidade com as exigências das autoridades chinesas, o que provocou críticas de ativistas dos direitos humanos e dos funcionários da empresa, noticiou no início de agosto o site The Intercept, uma informação confirmada à AFP por um funcionário do Google. O projeto é chamado "Dragonfly".
"Nós precisamos urgentemente de mais transparência (...) Os funcionários do Google devem saber o que estão desenvolvendo", afirma a carta.

Durante uma reunião na quinta-feira (16/8) com os funcionários, o CEO do Google, Sundar Pichai, reiterou seu compromisso a favor da transparência e disse que o grupo "explora várias opções", mas que "não estava a ponto de lançar uma ferramenta de busca na China", informou o jornal Financial Times.

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