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Acusado de triplo assassinato nos EUA está 'ansioso' para provar inocência

O espanhol Pablo Ibar, que passou 16 anos no corredor da morte, está "ansioso" para provar a sua inocência em um triplo assassinato ocorrido nos anos 1990

Miami, Estados Unidos - O espanhol Pablo Ibar, que passou 16 anos no corredor da morte, está "ansioso" para provar a sua inocência em um triplo assassinato ocorrido nos anos 1990, declarou o seu advogado logo depois de o juiz fixar a data de seu novo julgamento na Flórida.

Ibar, de 46 anos, foi condenado à morte em 2000 e esteve esperando a sua execução até 2016, quando o Supremo Tribunal da Flórida revogou o julgamento que o havia considerado culpado devido à debilidade das evidências contra ele, e determinou um novo processo.

Mas o início do novo julgamento sofreu sucessivos adiamentos, até que o juiz, que havia marcado a data para fevereiro de 2019, decidiu na quinta-feira antecipá-lo para outubro.

"Pablo está ansioso para ir a julgamento", declarou o advogado de Ibar, Benjamin Waxman, à AFP nesta sexta-feira (17), referindo-se aos mais de dois anos que o espanhol passou preso à espera do novo processo, depois de terem negado a sua liberdade sob fiança.

"Ele acredita que esperou demais por este julgamento e está feliz para que chegue logo o seu dia no tribunal", acrescentou.

Agora, "a menos que algo inesperado aconteça", continuou, o julgamento deve começar em 1; de outubro com a escolha do júri.

Waxman detalhou que o julgamento pode durar entre seis e 16 semanas, enquanto a escolha do júri pode levar vários dias.

Na segunda-feira, o juiz Dennis Bailey de um tribunal de Fort Lauderdale, ao norte de Miami, decidiu adiar o começo do julgamento, que estava inicialmente previsto para 15 de agosto, com o objetivo de permitir à Promotoria investigar duas novas testemunhas apresentadas pela defesa.

O basco, que sempre defendeu a sua inocência, foi sentenciado à morte em 2000 pelos assassinatos em 1994 do dono de uma boate e de duas modelos que estavam com ele em sua casa em Miramar, na Flórida, durante um roubo.

A prova-chave foi um vídeo, em preto e branco e com a qualidade ruim, no qual uma pessoa apontada como Ibar dispara na cabeça do homem e nas duas mulheres.

A Suprema Corte da Flórida criticou, ao revogar há dois anos a pena capital, que o advogado de defesa da época não solicitou o testemunho de um especialista em identificação facial que demonstrasse que "a qualidade das imagens era tão precária que seriam inadequadas para uma identificação confiável".