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Presidente Donald Trump critica 'censura' de 'vozes conservadoras'

Os comentários do presidente aparecem depois que várias das principais plataformas de redes sociais limitaram ou proibiram as contas do teórico da conspiração de extrema direita Alex Jones

Agência France-Presse
postado em 18/08/2018 11:57
Os comentários do presidente aparecem depois que várias das principais plataformas de redes sociais limitaram ou proibiram as contas do teórico da conspiração de extrema direita Alex Jones

Washington, Estados Unidos - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou neste sábado (18/8) as redes sociais de "discriminarem totalmente" os usuários com pontos de vista de direita e tachou os meios de comunicação CNN e MSNBC de "doentes".

Os comentários do presidente aparecem depois que várias das principais plataformas de redes sociais, entre elas Facebook e Spotify, limitaram ou proibiram as contas do teórico da conspiração de extrema direita Alex Jones.

"As redes sociais discriminam totalmente as vozes republicanas/conservadoras", declarou Trump em uma série de tuítes matinais. "Falando alto e claro para a administração Trump: não deixaremos que isso aconteça. Estão calando as opiniões de muitas pessoas da DIREITA, mas, ao mesmo tempo, não fazem nada com os demais".

O presidente qualificou esta ação como "algo muito perigoso e absolutamente impossível de vigiar", acrescentando que "se estão lutando contra as notícias falsas, não há nada mais falso do que CNN e MSNBC, e ainda assim não peço que acabem com seu comportamento doente". "Deixem que todos participem, bons e maus, e todos teremos que lidar com isso", assinalou.

Jones, cujo site "InfoWars" acusou, por exemplo, as vítimas do ataque a tiros na escola Sandy Hook de 2012 de serem "atores" em um complô para desacreditar o lobby das armas, violou as políticas de ódio do Facebook, argumentou a rede social.

O Facebook declarou que as páginas administradas por ele foram eliminadas por "glorificar a violência, o que viola as nossa política de violência gráfica, e usar uma linguagem desumanizadora para se referir a pessoas transgênero, muçulmanas e imigrantes, o que viola as nossas políticas de incitação ao ódio".

O Twitter, o meio favorito de Trump, no qual conta com 53,8 milhões de seguidores, optou por permitir que Jones continuasse usando a plataforma, mas com capacidade limitada, tirando dele a possibilidade de tuitar por um período não especificado.

A medida foi anunciada na quarta-feira, depois que Jones pediu a seus seguidores que pegassem seus "fuzis de batalha" para lutar contra a censura na Internet. Alguns relatórios sugerem que sua conta foi colocada em modo de "apenas leitura" durante uma semana, o que implica que não pode tuitar nem retuitar.

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