Agência France-Presse
postado em 21/08/2018 07:22
Bogotá, Colômbia - Quase 50 colombianas e venezuelanas que estavam sendo exploradas sexualmente em porões de boates no porto turístico de Cartagena foram resgatadas durante uma batida policial, informou a promotoria nesta segunda-feira (20/8).
As mulheres, 26 colombianas e 23 venezuelanas, várias delas imigrantes irregulares, eram vítimas de uma rede de tráfico de pessoas, que as enganava com falsas promessas de trabalho e depois as tornava prisioneiras "em condições precárias", disse à imprensa o promotor Mario Gómez. A suposta rede de prostituição se apoderava de passaportes e carteiras de identidade para controlar seus movimentos.
As mulheres eram obrigadas a se prostituir em porões que estavam conectados por túneis. Na parte de cima, os locais funcionavam como boates, e embaixo serviam de lugares "de exploração sexual de mulheres", detalhou. As buscas foram realizadas no âmbito da Operação Vesta, implementada há algumas semanas, contra delitos sexuais em Cartagena, que deixou até agora 18 detidos.
As autoridades vão agora atrás da pista da organização que explorava o grupo das 49 mulheres resgatadas.
"Estamos atrás da localização direta dos integrantes da rede de prostituição, que devem ser processados pelo crime de tráfico de pessoas para escravidão sexual", afirmou o promotor.
De acordo com a ONU, a Colômbia é país de origem, trânsito e destino do tráfico de pessoas na região, como parte de um negócio que move globalmente 32 bilhões de dólares por ano.