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EUA encerram financiamento à agência da ONU para refugiados palestinos

A decisão corta quase US$ 300 milhões de apoio planejado

Os Estados Unidos vão encerrar o financiamento para a agência da Organização das Nações Unidas que ajuda refugiados palestinos, anunciou o Departamento de Estado na sexta-feira, uma semana depois de cortar a ajuda bilateral dos EUA para projetos na Cisjordânia e em Gaza. Os EUA fornecem quase 30% do orçamento total da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) e vêm exigindo reformas na forma como ela é administrada.

O departamento disse em um comunicado por escrito que os EUA "não vão mais comprometer mais fundos para essa operação irremediavelmente falha". A decisão corta quase US$ 300 milhões de apoio planejado. A UNRWA divulgou um comunicado na sexta-feira rejeitando "nos termos mais fortes possíveis" as críticas do governo Trump à agência e expressando "profundo pesar e desapontamento".

Em 2016, os EUA doaram US$ 355 milhões para a UNRWA, que fornece assistência médica, educação e serviços sociais para palestinos na Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jordânia, Síria e no Líbano e deveriam fazer uma contribuição semelhante este ano. Em janeiro, o governo Trump liberou US$ 60 milhões, mas reteve outros US$ 65 milhões que deveria alocar no período. O montante remanescente - cerca de US$ 290 milhões - ficou pendente.

"Quando fizemos uma contribuição de US$ 60 milhões em janeiro, deixamos claro que os EUA não estavam mais dispostos a arcar com a parcela desproporcional do fardo dos custos da UNRWA que assumimos por muitos anos", disse o comunicado. "Vários países, incluindo a Jordânia, o Egito, a Suécia, o Catar e os Emirados Árabes Unidos mostraram liderança na resolução deste problema, mas a resposta internacional geral não foi suficiente." A nota criticou o "modelo de negócios fundamental e as práticas fiscais" da UNRWA.

A UNRWA respondeu afirmando que seus "programas têm um histórico comprovado na criação de um dos processos de desenvolvimento humano mais bem-sucedidos (...) no Oriente Médio". A agência acrescentou que foi reconhecida pelo Banco Mundial "por executar um dos sistemas escolares mais eficazes da região", de acordo com comunicado divulgado na sexta-feira.