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França disposta a ajudar na restauração do Museu Nacional

O ministro recordou que Museu Nacional do Rio de Janeiro é uma das joias do Brasil e abrigava coleções de paleontologia, artefatos greco-romanos, uma coleção egípcia e o fóssil humano mais antigo descoberto no Brasil, além de demonstrar solidariedade.

Agência France-Presse
postado em 04/09/2018 07:57
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Abu Dhabi, Emirados Árabes Unidos - A França anunciou que está disposta a contribuir para a restauração do Museu Nacional do Rio de Janeiro, destruído no domingo por um incêndio. "No momento em que todo o Brasil está comovido, a França está disposta a ajudar a restaurar o Museu Nacional", afirmou o ministro das Relações Exteriores Jean-Yves Le Drian em um discurso no museu do Louvre Abu Dhabi, inaugurado em 2017.

O ministro recordou que Museu Nacional do Rio de Janeiro é uma das joias do Brasil e abrigava coleções de paleontologia, artefatos greco-romanos, uma coleção egípcia e o fóssil humano mais antigo descoberto no Brasil, além de demonstrar solidariedade. "Eu desejo fazer um preâmbulo para expressar a solidariedade das autoridades francesas ante o trágico incêndio que devastou no domingo outro lugar cultural de exceção", disse. O ministro comparou ainda que o museu era para o Brasil o equivalente ao que o Louvre representa a França e a humanidade. "Com as chamas, desapareceu uma parte da memória da humanidade", lamentou.
Criado em 1818 por Dom João VI e instalado desde 1892 no antigo palácio imperial de São Cristóvão, o Museu Nacional era o maior museu natural e antropológico da América do Sul, com mais de 20 milhões de peças e uma biblioteca de mais de 530.000 títulos.

A vice-diretora do museu, Cristiana Serejo, explicou que por trás da tragédia estão "a falta de dinheiro e uma burocracia muito grande". O museu era particularmente conhecido por seu rico departamento de paleontologia, com mais de 26.000 fósseis, incluindo o esqueleto de um dinossauro descoberto em Minas Gerais e inúmeros espécimes de espécies extintas, como preguiças gigantes e tigres dentes-de-sabre.

Sua coleção de antropologia biológica incluía o mais antigo fóssil humano descoberto no Brasil, conhecido como "Luzia", que também foi perdido no fogo.

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